Atlético quer vitória na Bahia. Não importa como

Na busca pela liderança isolada do campeonato brasileiro, o Atlético muda a estratégia e aposta no futebol de resultado para continuar firme na busca da segunda estrela dourada. Os jogadores já avisaram: se não der para jogar bonito, que o time jogue para trazer os três pontos.

Mais visado pelo momento bom na competição, o Furacão sentiu dificuldades contra o Flamengo e já está preparado para o mesmo tipo de jogo contra o Vitória, às 20h30 de hoje, no Barradão. Para tanto, a equipe terá as voltas do zagueiro Marcão, do volante Alan Bahia e do meia William.

“Mais importante do que jogar bem é conseguir os três pontos. Não fizemos uma boa partida contra o Flamengo, mas conquistamos a vitória. Então, temos que seguir esse ritmo”, aponta o zagueiro Marcão. Mesmo assim, ele não descarta uma boa atuação. “Lógico que, se a gente puder fazer uma boa partida e conseguir os pontos, melhor. Se não der, temos que ver que o mais importante é trazer a vitória de Salvador”, destaca.

O ala-esquerdo Ivan acredita que, a partir de agora, a tendência é a dificuldade nas partidas aumentar cada vez mais. “Nesse campeonato o Atlético não vai encontrar mais jogo fácil porque todo mundo está de olho na nossa equipe. Então, temos que estar preparados para cada jogo ser uma batalha”, raciocina. Mesmo assim, ele aposta no trabalho realizado pelo time até aqui. “A gente tem que continuar com a cabeça no lugar, com os pés no chão, pensar só na gente e esquecer um pouco o Santos, fazer o nosso trabalho bem feito e conseguir chegar ao título”, propõe.

De qualquer forma, moleza todos sabem que não vão encontrar, principalmente porque o Vitória tenta fugir da zona de rebaixamento. “Não tem jogo mais fácil. Aquele que está em último vai querer sair e quem está em primeiro vai querer permanecer”, analisa o volante Alan Bahia. O jogador será uma das novidades na equipe atleticana na partida contra os baianos. Além dele, voltam ao time o zagueiro Marcão e o meia William. Os três cumpriram suspensão automática diante do Flamengo.

O técnico Levir Culpi comandou o treinamento-apronto ontem no CT do Bahia, mas só deverá anunciar a escalação momentos antes do confronto. No entanto, não deverá apresentar grandes surpresas. Além da volta dos três, Bruno Lança jogará como zagueiro e Pingo deixará a equipe titular. As demais posições serão as mesmas na formação da equipe contra os cariocas.

Vitória muda para tentar reagir

Salvador

– O lateral-direito Pedro e o zagueiro Milton do Ó perderam as vagas no time titular do Vitória, depois da goleada sofrida para o Santos, por 4 a 1, na rodada passada do campeonato brasileiro. Assim, o técnico Hélio dos Anjos escalou Alex Santos e Alex Silva para a partida de hoje, contra o Atlético Paranaense.

Ameaçado pelo rebaixamento – é o 21.º colocado do campeonato, com 33 pontos -, o Vitória conta com o apoio da torcida para reagir justamente diante de um dos líderes da competição. Tanto que a diretoria do clube baixou o preço do ingresso para R$ 8,00, na tentativa de atrair o torcedor e contar com uma força extra para empurrar o time para o ataque.

CAMPEONATO BRASILEIRO
Súmula
Local: Barradão (Salvador)
Horário: 20h30
Árbitro: Leonardo Gaciba da Silva (RS)
Assistentes: José Otávio Dias Bitencourt (RS) e por Vili Tissot (RS)

Vitória x Atlético

Vitória
Juninho; Alex Santos, Alex Silva, Felipe Saad e Paulo Rodrigues; Xavier, Amaral, Arivelton e Cléber; Edílson e Obina. Técnico: Hélio dos Anjos

Atlético
Diego; Bruno Lança, Fabiano e Marcão; Fernandinho, Alan Bahia, William, Jádson e Ivan; Dagoberto e Washington. Técnico: Levir Culpi

Bateria proibida de novo

Após a torcida organizada Os Fanáticos ter entrado com instrumentos no anel superior da Arena e arremessado os mesmos para o anel de baixo (burlando a proibição impostas pelos dirigentes), a diretoria do clube resolveu proibir a entrada da bateria no Estádio Joaquim Américo por tempo indeterminado. De acordo com a assessoria de imprensa do clube, a medida foi tomada para evitar acidentes com os torcedores.

A atitude da diretoria não foi bem recebida pela organizada. “A gente está sabendo disso mais uma vez pela imprensa. Nós tentamos mostrar para a diretoria que todo mundo ficou feliz da vida com a bateria, só eles é que parecem não gostar”, lamentou Juliano Rodrigues, vice-presidente da Fanáticos.

Segundo ele, a bateria deu novo ritmo ao time e às arquibancadas, mesmo assim, os dirigentes não conseguiram entender. “Eu esperava que a diretoria quisesse o bem para o Atlético, mas eles querem criar picuinhas num momento desses. Era muito fácil criar a paz com a torcida, mas parece que eles não querem isso”, finalizou. Ainda não está definido, mas a Fanáticos deverá retomar os protestos e os pedidos para a liberação dos instrumentos na Arena.

Clube acerta uma parceria com o Joinville

Assim como já fez com Figueirense e Ferroviária de Araraquara, o Atlético iniciou a conversação para a assinatura de mais uma parceria com um clube de outra cidade. Desta vez, o Rubro-Negro está negociando com o Joinville Esporte Clube para fornecer jogadores e metodologia de trabalho para formação de atletas profissionais. Além de reforços, o clube da Baixada levaria até o treinador para a equipe catarinense. A ligação entre as partes já existe desde que a Arena virou modelo para o novo estádio da cidade catarinense.

De acordo com nota expedida pelo clube, o Atlético levaria para o Joinville a mesma metodologia utilizada no CT do Caju para a formação de jogadores como Kléberson (atualmente no Manchester United), Dagoberto, Jádson e Fernandinho (estes três, titulares da equipe principal). Também seriam repassados aos catarinenses o mesmo sistema de franquias de escolinhas de futebol, para que haja uma descentralização no garimpo de jogadores em várias cidades de Santa Catarina.

Além desse planejamento de médio e longo prazos, o Furacão ainda repassaria ao Tricolor catarinense jogadores (não aproveitados pelo técnico Levir Culpi) e uma comissão técnica. Ainda não há nomes dos atletas que poderiam ser cedidos, mas o nome do treinador seria Márcio Ribeiro, que está na Ferroviária de Araraquara. A idéia é ajudar o Joinville a se reerguer no cenário brasileiro. A equipe catarinense teve uma péssima participação na Série B do Brasileiro e caiu para a terceirona.

Bateria

Após a torcida organizada Os Fanáticos ter entrado com instrumentos no anel superior da Arena e arremessado os mesmos para o anel de baixo (burlando a proibição), a diretoria do clube resolveu proibir a entrada da bateria no Estádio Joaquim Américo por tempo indeterminado. De acordo com a assessoria de imprensa do clube, a medida foi tomada para evitar acidentes com os torcedores.

A atitude da diretoria não foi bem recebida pela organizada. “A gente está sabendo disso mais uma vez pela imprensa. Nós tentamos mostrar para a diretoria que todo mundo ficou feliz da vida com a bateria, só eles é que parecem não gostar”, lamentou Juliano Rodrigues, vice-presidente da Fanáticos.

Segundo ele, a bateria deu novo ritmo ao time e às arquibancadas, mesmo assim, os dirigentes não conseguiram entender. “Eu esperava que a diretoria quisesse o bem para o Atlético, mas eles querem criar picuinha num momento desses. Era muito fácil criar a paz com a torcida, mas parece que eles não querem isso”, finalizou.

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