Atlético perde mais um jogador para o Departamento Médico

O Atlético está sofrendo com a contusão de jogadores neste ano. A vítima da vez é o recém-contratado Piauí, que vai passar por uma artroscopia no joelho direito, marcada para quinta-feira e, dependendo de como evoluir sua recuperação, pode desfalcar o Atlético no restante do Brasileirão. Ele sofreu uma lesão no menisco contra o Náutico, dia 29 de setembro, e foi substituído por Michel – que deverá seguir como titular até o final da temporada. A previsão de retorno aos treinamentos é de no mínimo 45 dias. O jogador atuou em apenas duas partidas inteiras (Palmeiras e Paraná). Outra ?novidade? na enfermaria rubro-negra é o capitão Claiton. Ontem foi detectado que o jogador fraturou o nariz, no jogo contra o Vasco, e hoje ele deverá passar por uma cirurgia conhecida por redução. O departamento médico atleticano indicou que o volante ficasse alguns dias sem treinar, mas Claiton afirmou que quer jogar contra o Juventude e, por isso, vai atuar com uma máscara protetora no rosto na próxima sexta-feira.

Problemas de joelho têm sido uma constante no Rubro-Negro. No final de 2006, o atacante Willian teve uma lesão no menisco interno e ruptura do ligamento cruzado do joelho esquerdo. Foi operado e voltou a treinar normalmente em junho deste ano e tem sido constantemente relacionado para o banco de reservas pelo técnico Ney Franco. Em janeiro de 2007, o meia Márcio, em seu jogo de estréia pelo Furacão no Campeonato Paranaense, sofreu uma lesão no ligamento e teve que ser operado.

Em junho foi a vez do meia-atacante Tiago se lesionar. Durante a partida contra o Fluminense, no 1.º turno do Brasileirão, ele recebeu uma forte pancada no joelho que atrapalhou a sua progressão no Atlético. Neste jogo, o atleta havia ganho a primeira oportunidade de começar como titular do Furacão. Tiago passou por uma cirurgia para a reconstrução do ligamento cruzado anterior do joelho direito e deve voltar aos gramados somente na pré-temporada do time, no início de 2008 – caso renove seu contrato.

Em setembro, o atacante Geílson foi o ?premiado?. Ele chegou ao clube na última semana de agosto e, em seu primeiro jogo com a camisa rubro-negra, sofreu uma entrada dura no jogo contra o Galo (2/9) e foi retirado de campo com suspeita de rompimento de ligamento. Porém, os exames detectaram apenas uma entorse leve no joelho. Dez dias após a contusão do atacante, o zagueiro Gustavo se machucou seriamente no jogo contra o Vasco, pela Sul-Americana. Ele também fez cirurgia para a reconstrução de ligamento e seu retorno aos campos está programado somente para o próximo ano.

De todas as lesões citadas, apenas Piauí teve trauma no menisco. Willian, Márcio, Tiago e Gustavo tiveram contusões mais sérias, envolvendo ligamento.

Médico diz que lesões foram traumáticas

Tribuna – Tem alguma explicação para essa incidência de lesões no joelho dos jogadores atleticanos?

Brofmann – Não, porque em todos os casos foram lesões traumáticas, ou seja, resultantes de choque direto entre atletas. Temos feito no Atlético a medicina preventiva. Trabalhamos os atletas para reduzir a possibilidade de futuras lesões.

Tribuna – As contusões têm ocorrido, normalmente, em atletas que acabaram de chegar ao Atlético – caso do Márcio, Piauí e Geílson. O senhor acredita que isso tem alguma relação?

Brofmann – Não, foram coincidências. Antes da assinatura do contrato, todos os atletas passam por avaliações físicas, com testes de ressonância magnética capazes de detectar qualquer problema. Todas as contusões que tivemos com os atletas citados foram em razão de choques, pancadas recebidas durante a partida.

Tribuna – Há algum tempo foi comentada a possibilidade de um determinado tipo de solado de chuteiras contribuir para a ocorrência de contusões no joelho de atletas. No Atlético há alguma restrição imposta pelo departamento médico?

Brofmann – Fomos atrás dos estudos sobre esse modelo de chuteira e a recomendação no clube é para que os jogadores não as utilizem. Exatamente para prevenir contusões.

*A chuteira é de uso e escolha direta do atleta, devido a eventuais patrocinadores.

Neste Brasileirão, três baixas no Atlético

Foto: Ciciro Back

Alex Mineiro, que teve a face reconstruída, já treina com bola.

Mais jogadores ficaram afastados dos gramados em função de contusões graves e desfalcaram o Rubro-Negro durante o Brasileirão. O caso mais sério foi o do atacante Alex Mineiro. Em 28 de julho, ele recebeu um chute involuntário do meia Tcheco, do Grêmio, que resultou numa lesão no rosto. Para reparar o dano, o ídolo atleticano teve que passar por uma cirurgia de reconstrução facial. Atualmente, Alex já está treinando fisicamente e ontem foi liberado para trabalhar com bola no CT do Caju. Porém, ele só deve retornar aos coletivos no início de novembro, quando se completam os 90 dias necessários para a cicatrização pós-operatória. Alex quer atuar pelo Atlético antes do final do campeonato.

Na mesma partida em que o atacante se machucou, a violência gremista também tirou de campo o meia Evandro. O jogador foi agredido e teve um dente arrancado e outros três quebrados, o que mereceu uma cirurgia de correção. Evandro voltou a treinar quase três semanas depois da agressão.

E por fim, o volante Alan Bahia, que passou alguns dias em observação no Hospital Vita, após ter se envolvido em um acidente de trânsito, no final de julho. Ele colidiu o seu Peugeot 307 contra um poste na Avenida Irmãs Paulinas (via rápida que liga o Pinheirinho ao Centro). No acidente, o também jogador Alex Miranda morreu.

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