Atlético muda para o jogo de domingo

Um novo Atlético pode entrar em campo no próximo domingo, para enfrentar o Palmeiras. O técnico Roberto Fernandes não gostou nada do rendimento da equipe no empate com o Atlético-MG e já avisou que pretende mexer na estrutura tática do Furacão.

Pela primeira vez nos últimos nove meses, o time da Baixada pode abandonar o esquema com três zagueiros e atuar no 4-4-2. Hoje, Fernandes comanda o primeiro treinamento coletivo da semana no CT do Caju e irá testar a nova formação.

Antônio Carlos, que está recuperado da torção no tornozelo esquerdo, formará a dupla de zaga com Danilo. Nas laterais, seguem Nei e Piauí. Wallyson deve ser o companheiro de ataque de Marcelo Ramos.

As principais dúvidas ficam para o meio-campo. Com Alan Bahia suspenso, Zé Antônio, Roberto e Léo Medeiros disputam uma posição de volante, ao lado de Valencia. Na armação, Choco, Pimba, Irênio e Kaio são as opções para atuar junto com Netinho.

Se a formação der certo no treino de hoje, e for confirmada para domingo, será a primeira vez em nove meses que o Atlético começará uma partida sem a linha defensiva de três zagueiros. O último jogo que o time atuou no 4-4-2 foi no dia 30 de agosto de 2007, quando perdeu para o Santos por 3 a 1.

Era a segunda partida sob o comando de Ney Franco, que passou a adotar o 3-5-2 a partir da vitória de 1 a 0 sobre o Atlético-MG, na rodada seguinte. Desde então, foram 47 jogos, com 29 vitórias, 10 empates e nove derrotas.

O aproveitamento, de 68,7%, não é nada ruim. Porém, o mau futebol mostrado nos últimos jogos, além da preferência pessoal de Roberto Fernandes, podem fazer o técnico abandonar o sistema contra o Palmeiras.

O rendimento do setor ofensivo é a principal preocupação do comandante atleticano. ?Tivemos apenas sete finalizações em um jogo de mais de 90 minutos (contra o Atlético-MG). São quase 12 minutos para cada finalização e isso é muito pouco. Temos que trabalhar para aumentar esse número?, diz Fernandes.

No treino de ontem, os trabalhos específicos de finalização tomaram todo o período da tarde. ?A responsabilidade não pode ficar somente nas costas dos atacantes e dos meias. Passa pelos laterais, pelos volantes, em chutes de longe, e até pelos zagueiros?, cobra o treinador.

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