O Atlético está livre de qualquer punição pela escalação do volante Fahel na estréia do time no Brasileirão.
O procurador do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Paulo Schmitt, decidiu não oferecer denúncia ao clube e pedirá o arquivamento do caso.
Fahel jogou pelo Atlético contra o Ipatinga, na primeira rodada do Brasileiro. Ele chegou ao CT do Caju com a janela de transferências internacionais já fechada, mas teve seu registro junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), graças a uma liminar obtida junto à justiça comum. Normalmente, a entidade só permite a contratação de jogadores vindos do exterior em dois períodos fixos: de 2 de janeiro a 25 de março e de 3 a 31 de agosto.
Mesmo com o nome do jogador publicado no Boletim Informativo Diário (BID), a CBF questionou a condição de jogo do atleta, através de um parecer assinado pelo assessor jurídico Valed Perry. Documento que foi enviado ao STJD e levantou a possibilidade de o Atlético ser punido com a perda de seis pontos.
Mas a ameaça ficou definitivamente para trás. ?Vou pedir o arquivamento do caso. Entre amanhã (hoje) e quarta-feira, estarei encaminhando a decisão ao dr. (Rubens) Aprobatto (presidente do STJD)?, confirmou Schmitt à reportagem do Paraná-Online.
Segundo o procurador, qualquer denúncia seria facilmente desqualificada pela defesa do Atlético. ?Ele tem condição de jogo, não adianta questionar. Se a CBF cumpriu uma determinação da Justiça, não tem como denunciar o clube por isso. Na esfera desportiva, não há qualquer risco?, explicou.
A possibilidade de o caso chegar à Fifa também está descartada. A CBF não acatou a sugestão de Valed Perry de enviar uma queixa contra o Atlético ao órgão que administra o futebol internacional.
Mesmo assim, o Atlético segue cauteloso e, por enquanto, Fahel continua fora do time. ?Ainda não fomos comunicados oficialmente sobre a decisão do STJD. Depois, vamos decidir que rumo tomaremos nesse caso?, diz o advogado Domingos Moro, que defende o clube da Baixada.
Expectativa
Além de Fahel, o Atlético tem ainda dois atacantes que aguardam a reabertura da janela. Joãozinho, que veio do Monarcas Morélia, do México, e Júlio César, que estava no Santa Clara, de Portugal, estão treinando no CT do Caju. Eles também pretendiam buscar na Justiça comum a autorização para jogar antes do dia 3 de agosto. Mas a polêmica criada no ?caso Fahel? deixou suas contratações em ?banho-maria? e eles ainda não foram anunciados oficialmente pelo Furacão.