Atlético inova e vai com cinco “técnicos”

O Atlético inova mais uma vez e lança uma comissão técnica com um treinador para cada setor do time. Com isso, o técnico principal, Riva Carli, deixa de ter auxiliares e passa a comandar uma equipe com profissionais específicos para o gol, a defesa, o meio e o ataque. Os nomes dos novos componentes deverão ser anunciados na reapresentação do elenco na segunda-feira.

“Estamos reestruturando todo o suporte que é dado ao treinador”, informa o coordenador técnico Antônio Carlos Gomes. As medidas prevêem a contratação de mais profissionais para todas as áreas ligadas à formação do atleta. A de maior impacto é ligada ao time de futebol. “Vamos partir para um treinamento mais rigoroso. Não se pode mais ter uma pessoa só comandando 30 `negos’ dentro de campo”, expõe o dirigente.

Com isso, o clube passa a trabalhar o elenco de forma fragmentada. Os goleiros treinarão com Ricardo Pinto, os defensores com Vinícius Eutrópio, os meias com Lio Evaristo e os atacantes com Nílson Borges. Todos eles estarão sob o comando de Riva e participarão das decisões tomadas pelo técnico principal.

“Vamos fazer um trabalho de equipe, multidisciplinar”, aponta Gomes. De acordo com ele, a intenção é partir realmente para o esporte de alto nível. “Um trabalho em que você possa cercar todas as variáveis que cercam o futebol”, explica. Para ele, três ou quatro cabeças pensam melhor do que apenas uma.

A novidade já vai ser aplicada na Copa dos Campeões e a intenção é manter o sistema para o campeonato brasileiro, sem risco de descontinuidade do trabalho em caso de fracasso no Nordeste. “Se nós partirmos para a questão dos resultados nós não vamos a lugar nenhum, mas pior do que estão os outros clubes brasileiros nós não vamos fazer”, garante Gomes.

Elenco

Para fazer uma boa campanha na Copa dos Campeões e também no Brasileirão, a diretoria vai tentar manter todo o elenco atual. “Vamos segurar eles o máximo que pudermos. Se vier alguém vai ser um ou dois para o brasileiro”, diz o dirigente. Para ele, o grupo é muito bom e vai se motivar ainda mais quando souber da nova forma de trabalhar. “O futebol tem que sair da mesmice, o jogador tem que virar atleta”, finaliza.

Voltar ao topo