Atlético estréia perdendo para o Flamengo

A estréia não poderia ser pior. O Atlético perdeu para a renovada equipe do Flamengo por 1 a 0, ontem à noite, em Teresina e, numa competição de “tiro curto” como a Copa dos Campeões, não pode nem sonhar com um empate diante do São Caetano no sábado, para não dar adeus ao sonho de conquistar seu segundo título do ano.

Na verdade, o rubro-negro paranaense ainda se ressente da alteração tática à qual o técnico Riva Carli está tentando implantar no campeão brasileiro. Pior. Com suas duas principais estrelas fora (Kléberson – que estava servindo à seleção – e Adriano -que ainda negocia a renovação), depositou sua esperança na dupla de ataque Kléber-Alex Mineiro. Mas a aposta se frustrou, com erros de finalização de um e uma atuação completamente apagada de outro. O resultado foi uma diferença a favor do rubro-negro carioca.

O jogo começou com um “tiroteio” flamenguista. Três jogadas de ataque foram criadas e desperdiçadas pelos cariocas. Foi quando o garoto Dagoberto acendeu a esperança rubro-negra, fez jogada de craque e serviu Kléber que, naquele momento, iniciou seu “repertório” de equívocos, desperdiçando a primeira de uma série de oportunidades.

O primeiro tempo seguiu com erros dos dois ataques. Quando as finalizações tinham endereço certo, os goleiros fizeram a diferença. Tanto Flávio, quanto Júlio César, evitaram que suas equipes deixassem o gramado no intervalo com a retaguarda “furada?.

No segundo tempo, Lula Pereira retornou com Felipe Melo substituindo o ex-paranista Marquinhos, tentando dar maior objetividade ao seu ataque, fazendo o apoiador suprir o ataque. A mudança surtiu o efeito desejado, e o Flamengo foi dominando rubro-negro paranaense, que marcava passo no meio-campo.

Mas a situação complicou de vez quando Lula decidiu apostar as fichas que restavam na velocidade da dupla Andrezinho e Liédson. O ex-coxa infernizou a “esburacada” defesa atleticana, que não parava de fazer brilhar a estrela do goleiro Flávio, com belas defesas.

Mas numa jogada de bola parada, que foi insistentemente treinada por Riva, que saiu o gol do Fla. André Gomes cobrou falta pela esquerda e, na confusão da área, Felipe Melo meteu a cabeça na bola e venceu o Pantera Flávio.

Atordoado, o Atlético demorou a se recompor. Riva ainda tirou de campo Dagoberto e Fabrício, colocando em seus lugares Adauto e Rodriguinho, mantendo os inoperantes Alex e Kléber. O resultado foi mais vacilos de ataque e abertura para contra-ataques do Flamengo, que perdeu mais duas boas oportunidades. Mas o placar se manteve inalterado até o fim.

Maluco já pode ter sido chamado o jogo de ontem, que deveria acontecer em Fortaleza – onde São Caetano e Goiás se enfrentaram. Mas a promessa da CBF aos políticos do Piauí foi mais forte (contando com a providencial ajuda de Alfredo Nunes, ex-vice-presidente da entidade e prefeito de Ressurreição), trazendo a partida para Teresina. A promessa feita antes da competição é que haveriam partidas ‘atrativas’ na cidade.

E, para os piauienses, partidas atrativas significavam a presença do Flamengo. Quando o sorteio definiu Fortaleza como a sede do time carioca, houve uma batalha entre as outras cidades (Belém e Natal, além de Teresina), os dirigentes da federação local colocaram a carta para fora da manga, praticamente obrigando a organização a mudar um dos jogos do Flamengo na primeira fase.

Passado o ‘jogo’ político, agora o Atlético poderá trabalhar sem mudanças radicais. E se terminar a primeira fase em na ponta da tabela, vai ficar em Fortaleza até a primeira partida da final, que acontece em Belém. Se for o segundo lugar, o Rubro-negro joga as quartas-de-final em Natal, a semifinal e o primeiro jogo final em Belém e daí volta a Fortaleza para decidir a Copa. (CT)