Atlético encara pressão da torcida no Ceará

O Atlético vai encarar a pressão de mais um ?caldeirão? amanhã. A partir das 16h, o Furacão enfrenta o Fortaleza, que luta desesperadamente contra o rebaixamento no Brasileirão. Para explorar ao máximo a força da torcida, o Leão cearense marcou o jogo para o acanhado Estádio Presidente Vargas.

A mesma tática foi usada pelo Nacional, que na última quinta-feira abriu mão de atuar no Estádio Centenário e transferiu o jogo para o Parque Central. Mesmo assim, o Furacão ignorou a torcida uruguaia, venceu por 2 a 1 e saiu na frente na disputa por uma vaga na semifinal da Copa Sul-Americana.

Escaldado, o Atlético não se preocupa com as armas do adversário de amanhã e vai em busca de mais uma vitória fora de casa. ?Esperamos já nessa partida reverter a situação em que estamos no Brasileiro e conseguir os três pontos. Temos que impor o mesmo ritmo que estamos tendo na Sul-Americana?, diz o meia William, que deve voltar ao banco de reservas.

Em Montevidéu, William atuou como lateral-direito, no lugar de Jancarlos, que está contundido. Amanhã, a posição ficará a cargo de Evanílson, que se juntou hoje à delegação rubro-negra na capital cearense.

Será a estréia do lateral, que já passou pela seleção brasileira, no time principal do Atlético. Evanílson vinha atuando pelo time B, na Copa 100 Anos, para adquirir ritmo de jogo.

Outras mudanças devem ser os retornos de Erandir e Marcos Aurélio ao time titular. Assim, César e Paulo Rink, que começaram jogando contra o Nacional, voltam a ser opções para o segundo tempo.

?Vamos colocar a melhor equipe possível. Só vou tirar se alguém estiver com dores. Mas se todos estiverem aptos para jogar, vamos com a nossa força máxima?, afirma o técnico Vadão.

O veterano Navarro Montoya continua no gol. Cléber está se recuperando bem da contusão nas costas, mas não viajou para o Ceará.

O titular da camisa 1 deve voltar ao time na partida de volta contra o Nacional, na próxima quarta-feira.

Processo de Dagoberto está perto do fim

Está nas mãos da Justiça do Trabalho uma definição sobre o futuro do atacante Dagoberto. Na manhã de ontem, foi realizada a última audiência do processo que o Atlético move contra o jogador. Agora, as partes aguardam que o juiz Paulo Ricardo Pozzolo profira a sentença final sobre o caso, o que deve acontecer em cerca de duas semanas.

Por enquanto, está mantida a liminar que prorroga o compromisso de Dagoberto com o Furacão até março de 2008 (250 dias a mais que o prazo original, período que o jogador ficou afastado dos gramados por contusão). Assim, a multa rescisória prevista no contrato continua em R$ 16 milhões. A defesa do jogador tenta reverter a decisão, o que faria a multa cair para R$ 5,4 milhões. Os advogados de Dagoberto também pedem a anulação da cláusula penal e uma indenização por danos morais.

Na audiência de ontem, foram ouvidas testemunhas de ambos os lados e surgiu uma novidade. O PSTC, clube de Londrina que revelou Dagoberto, pediu sua inclusão como parte interessada no processo. ?O PSTC tem 50% dos direitos do Dagoberto e pediu para ser incluído.

O pedido foi aceito pelo juiz?, diz o diretor jurídico do Atlético, Marcos Malucelli.

A inclusão do PSTC surpreendeu a defesa do jogador. ?Foi inusitado, pois isso é novidade para nós. Porém, não traz nenhum fato novo ao julgamento e não terá influência na decisão do juiz?, afirma o advogado Fernando Barrionuevo.

Dagoberto não joga desde 13 de agosto, quando participou da derrota do Atlético para o Grêmio por 2 a 0 e foi expulso de campo.

O atacante segue treinando no CT do Caju e o técnico Vadão já revelou o desejo de voltar a utilizá-lo.

Voltar ao topo