Atlético conta com Ferreira para o clássico

Ferreira voltou a treinar ontem no CT do Caju, em dois períodos, e está confirmado para enfrentar o Tricolor. O colombiano, que passou dois dias em observação no hospital, em razão da forte pancada na cabeça no jogo contra o Palmeiras, fará dupla de ataque com Marcelo Ramos – o novo dono da camisa 9 atleticana. Nas demais posições apenas uma modificação em relação à equipe que venceu o Verdão. O jovem Rhodolfo retorna ao time após cumprir suspensão automática. Ele substituirá o capitão Danilo (terceiro cartão amarelo) e completará a zaga com Antônio Carlos e Rogério Correa.

Nas alas serão mantidos Jancarlos e Piauí e o meio-campo é formado pelos volantes Valencia e Claiton e o armador Netinho. Com essa escalação, o Furacão partirá em busca de sua nona vitória no campeonato, tentando se distanciar da zona de rebaixamento.

Para opção de ataque, os jogadores Geílson e Taílson estarão à disposição do treinador, assim como Pedro Oldoni. O meia Ramon ainda não tem condições de jogo, pela fissura em uma costela.

O técnico Ney Franco enfrentará o seu primeiro clássico paranaense e tentará manter-se invicto jogando na Arena. Para ele, além dos 100% de aproveitamento jogando em casa, o mais importante é a postura que o time tem apresentado em campo, que eleva a auto-estima dos jogadores e reflete no torcedor, que não pára de incentivar. ?Essas atuações nos enchem de perspectiva para o restante da competição. E esse aproveitamento é suficiente para sairmos definitivamente do rebaixamento?, explicou.

Agora é um de cada lado do campo

Foto: Valquir Aureliano

Os dois já foram companheiros na zaga atleticana, mas domingo, cada um defende suas cores.

Seis anos depois de dividirem responsabilidades no setor defensivo e ajudarem o Atlético a sagrar-se campeão brasileiro pela 1.ª vez na história, Rogério Correa e Nem voltam a se encontrar, mas agora defendendo lados opostos. Os dois zagueiros estarão em campo no domingo – Rogério vestindo a camisa rubro-negra e Nem a tricolor – e carregarão em suas costas a responsabilidade de parar o ataque adversário.

O duelo dos dois heróis atleticanos será em um campo de batalha repleto de boas lembranças e bastante conhecido por ambos: o gramado da Arena. O falastrão Nem, que chegou ao Paraná no meio deste ano, já aderiu ao clima do clássico e mostrou suas armas contra o ex-clube. ?Desde que deixei o Atlético, nunca perdi uma partida (para o clube) e não vou perder domingo?, alfinetou. Importante peça na conquista rubro-negra de 2001, o defensor disse ainda que teve muitas alegrias quando de sua passagem pela Arena, mas que agora chegou a hora ?de dar um pouco de tristeza para eles (atleticanos)?.

Do outro lado estará Rogério Correa, em busca de reafirmação. O zagueiro chegou ao CT do Caju no começo do ano, vindo do Goiás, e foi preterido pelos técnicos Oswaldo Alvarez (Vadão) e Antônio Lopes. Sua grande chance apareceu no jogo semifinal do Paranaense, exatamente contra o Paraná. O jogador entrou no decorrer da partida e fez um gol contra, ajudando o Tricolor a desclassificar o Atlético e conquistar sua única vitória dentro da Arena, desde a inauguração do estádio.

A partir dessa jornada infeliz, Rogério caiu no ostracismo e permaneceu no clube treinando em separado. Isso perdurou até a chegada de Ney Franco, que reintegrou o jogador. Devido a contusões, o campeão brasileiro ganhou nova oportunidade na partida contra o Palmeiras e teve atuação destacada pelo treinador.

Recomeço

Passados exatamente cinco meses da desastrosa participação, Rogério volta a enfrentar o clube que deu o empurrão em sua derrocada. Entretanto, com a chance de dar a volta por cima. Como incentivo, basta ao zagueiro puxar pela memória e relembrar a fase áurea na qual dividiu a zaga atleticana com Nem e Gustavo, em 2001. No Brasileiro daquele ano, Rogério foi o autor do gol rubro-negro contra o Tricolor na Arena.

Sobre a expectativa de jogar o clássico, o experiente defensor preferiu reverenciar o apoio da torcida para a conquista de mais uma vitória. ?Esse apoio é essencial e essa é a torcida do Atlético. Uma torcida que incentiva o jogo inteiro e grita independente do momento que o clube está passando. Quando vem um incentivo desses das arquibancadas, o jogador tem que correr e dar o máximo?, finalizou.

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