Atlético adia definição sobre reforma da Arena

Contrariando expectativas, nenhuma proposta concreta de viabilidade financeira de adequação da Arena da Baixada para a Copa do Mundo 2014 foi apresentada ao conselho deliberativo do Atlético.

A reunião da noite de ontem, realizada no estádio do Rubro-Negro, limitou-se às possibilidades, havendo a expectativa de que em um mês sejam apresentadas situações concretas do que será feito para atender as exigências do caderno de encargos da Fifa.

Houve proibição de entrada da imprensa. No entanto, conselheiros afirmaram que são cinco as propostas para reformar o estádio, apesar de nenhuma modelagem apresentada na noite de ontem.

Quatro possibilidades de construtoras estão ligadas à atual diretoria do Atlético: OAS, Triunfo, Andrade Gutierrez e Matec. O processo tem sido conduzido pelo presidente Marcos Malucelli, o presidente do conselho deliberativo Gláucio Geara e o vice-presidente Enio Fornea.

A outra proposta foi do ex-presidente do Furacão, Mário Celso Petraglia, que apostou em obras com recursos próprios e foi contra a terceirização. Independentemente das alas, ficou definido pelo conselho que as propostas devem ser entregues em 15 dias.

De acordo com Geara, a expectativa é de votação da modelagem mais adequada em 30 dias. Entre as possibilidades, nos bastidores são duas as modelagens mais encaminhadas.

Uma é a da OAS, que precisa de novos levantamentos para ser concretizada. “Ainda não houve uma formatação final”, disse o presidente do conselho atleticano, Gláucio Geara. Embora a diretoria não tenha abordado o assunto, afirma-se que a construtora teria solicitado o antigo terreno do colégio Expoente e parte das receitas de bilheterias para fechar o acordo. Tal situação não foi aceita.

Quanto à proposta de Mário Celso Petraglia, que também não falou com a imprensa sobre o assunto, ele discursou no conselho que poderia terminar as obras da Arena em um ano, mas também não apresentou nada concreto em relação à captação de recursos para as obras.

A única sugestão foi a de que o dinheiro poderia vir de um plano de sócios colaboradores, que pagariam R$ 25 mensais para ajudar o clube. Mantido o impasse, o início das obras deve ser novamente adiado, agora para setembro.

“Não deve demorar mais que quatro meses”, afirmou Geara. Anteriormente, havia a expectativa de início em junho. “São necessárias mais conversas, como as desapropriações. Existe uma série de coisas que precisam ser firmadas”, explicou, mantendo o tom de impasse no ar.