De um lado uma equipe que dá sequência a um projeto com elenco estável e mesmo treinador desde o início do ano e do outro lado um desafiante que tenta se achar na temporada.
O primeiro é o Coritiba, que viveu bons momentos no primeiro semestre e vai tentando retomar o fôlego para buscar voos mais altos no Campeonato Brasileiro. O segundo é o Atlético, que tenta se desvencilhar da zona do rebaixamento com o quinto técnico e jogadores diferentes dos clássicos do Paranaense.
Esses são os ingredientes para o 347.´ Atletiba, que começa às 18h no Couto Pereira. Nos números, a vantagem parece apontar quase inteiramente para o Alviverde, que venceu tanto na Baixada por 4×2 quanto no Alto da Glória por 3×0 e quer manter o ritmo.
Naqueles jogos, o time comandado por Marcelo Oliveira não só manteve a forma de atuar como tem conseguido repetir uma base com seis e até sete jogadores. Uma realidade bem diferente do rival.
No primeiro confronto, Leandro Niehues era o comandante. No segundo, Adilson Batista, e agora quem segura o cetro é Renato Gaúcho e apenas três atletas daqueles jogos estarão em campo hoje, num time em reconstrução.
Por isso, o Coxa pode ser favorito, mas não quer levar essa “vantagem” para dentro de campo, mas manter o ritmo na competição.
“É um jogo que mexe com tudo e com todos e eu acho que o mais importante é que pode nos levar lá em cima, na busca direta pela Libertadores, fechando o turno com 28 pontos, uma bela campanha”, avalia o zagueiro Jéci.
Por isso, o time prega respeito no confronto, fechou os trabalhos da semana para não dar nenhum dica de time ao adversário.
“Respeitamos eles. Sabemos que um clássico é um jogo importante, mexe com o torcedor e temos que ter tranquilidade para fazer um bom jogo”, diz Marcos Aurélio.
Do outro lado, o Rubro-Negro admite a vantagem do Coxa, mas tenta encontrar no Atletiba a saída da ZR e a busca por vida nova. “Às vezes o clássico para uma equipe que não vem tão bem é uma grande chance para crescer e muitas vezes uma equipe está bem, acha que vai ser fácil e as coisas se complicam. Clássico é clássico, tem aquela rivalidade e nestes momentos os jogadores conseguem se superar”, avalia Renato.
Por isso, ele diz que o Coritiba tem uma vantagem, mas não é favorito. “No campo tem 11 para cada lado e pode ter certeza que durante 90 minutos o Atlético vai lutar, respeitar, mas vai em busca do resultado”, finaliza.
Marcelo Oliveira
Os vários desfalques fizeram o técnico Marcelo Oliveira quebrar a cabeça para escalar a equipe. O treinador pensou até em mudar o esquema tático, mas essa hipótese é menos provável. No entanto, a recuperação do volante Willian abriu novas possibilidades e é em cima dele que passará a escalação do Alviverde.
Renato Gaúcho
Sem muitas opções e com o objetivo de a cada rodada dar mais entrosamento ao time, Renato Gaúcho não faz mistério. Garante que não haverá surpresas até pelo grupo já ter assimilado sua maneira de trabalhar.
“Independente da equipe que entrará em campo, o grupo vai ter seu esquema e sabe exatamente taticamente o que tem de ser feito. Não vamos mudar muito porque não tem o que mudar. É um esquema que vem dando certo”, frisou Renato Gaúcho.
