Atletiba com poucas emoções

Na volta do ingresso a R$ 15,00, a Arena voltou a exibir vida, se transformar num caldeirão e empurrar o Atlético para cima do adversário. Até aí, tudo bem. O problema era que do outro lado não estava uma equipe qualquer, estava o arqui-rival Coritiba. Desmontado pelas contusões e confusões burocráticas, o Alviverde mostrou raça para suportar a pressão e conseguiu sair do Joaquim Américo com um bom empate por 1 a 1, na quarta rodada do Campeonato Brasileiro. Os rubro-negros, mais uma vez, não souberam tirar proveito de um homem a mais em campo.

O Atletiba prometia uma grande partida mas acabou sendo um castigo para os torcedores. Estréia de Levir Culpi no Furacão e festa na arquibancada. Não havia o clima nervoso das finais do estadual e os jogadores começaram com tudo. Principalmente os de vermelho e preto. O time da Baixada foi para cima e foi com força. Os envolventes Fernandinho, Jádson e Dagoberto mostraram logo o cartão de visitas. O goleiro Fernando já estava se ambientando no estádio quando começou o bombardeio.

A vantagem no placar logo nos primeiros minutos fez supor o dia da revanche para o Atlético. Nada disso. O lateral-esquerdo Lira resolveu mostrar seu repertório e logo armou a jogada do empate. A defesa atleticana assistiu de uma posição privilegiada a boa trama alviverde com a conclusão de Aristizábal. Foi um balde água fria na partida. O Rubro-Negro sentiu o baque, enquanto o time de Antônio Lopes foi se contentando com o empate. Tirando algumas jogadas esporádicas de Jádson, pouca coisa se salvou no restante da primeira etapa. O Coritiba se defendia.

A sonolência em campo reascendeu os protestos dos torcedores. A Fanáticos voltou a pedir as saídas do presidente, João Augusto Fleury da Rocha, e do presidente do conselho deliberativo, Mário Celso Petraglia. Já a Império voltou a gritar “salão de festas” e “bicampeão”, em respostas às provocações.

O jogo mudou na etapa decisiva. Os esforços de Fernandinho e Jádson não eram retribuídos pelo restante da equipe. Principalmente, a linha de frente, pouco atuante.

O zagueiro Vágner deu um tapa em Dagoberto, foi expulso e facilitou as coisas para o Atlético. Antônio Lopes recompôs a zaga e manteve a retranca. Levir Culpi abriu mão dos três zagueiros. Colocou Rena em campo, depois Ivan e até o rei do drible, Ricardinho, mas a torcida continuava se enervando com a incapacidade do time de chegar ao gol. O tempo foi se esgotando, a ira contra Ilan aumentando e o ar nos pulmões da galera atleticana intensificou para a sonora vaia que os jogadores atleticanos levaram após o apito do árbitro. No lado dos visitantes, festa no “salão”.

CAMPEONATO BRASILEIRO
4.ª Rodada
Local: Arena da Baixada
Árbitro: Luciano Augusto Almeida (Fifa-DF)
Assistentes: Gílson Bento Coutinho (PR) e Gílson Pereira (PR)
Gol: Dagoberto aos 3 e Aristizábal aos 10 do 1.º tempo
Cartão amarelo: Rodrigo Batata, Ilan, Pepo, Aristizábal
Renda: R$ 200.762,50
Público pagante: 16.510
Público total: 17.931

Atlético
Diego; Rogério Correia, Fabiano (Rena) e Marinho; Fernandinho, Alan Bahia, William, Jádson e Marcão (Ivan); Ilan e Dagoberto (Ricardinho). Técnico: Levir Culpi.

Coritiba
Fernando; Jucemar, Miranda, Vágner e Lira; Pepo, Márcio Egídio, Capixaba e Rodrigo Batata (Danilo); André Nunes (Cacique) e Aristizábal (Ígor). Técnico: Antônio Lopes.

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