Apoteose rubro-negra

Athletico volta a Curitiba com a taça da Copa do Brasil e nos braços da torcida

Tiago Nunes não se conteve. Chamou a torcida, decretou feriado em Curitiba e comemorou o título. Assim como todos os atleticanos, era pura empolgação na festa. Foto: Felipe Rosa

Não há chuva que afaste o torcedor do seu time campeão. Não tem tempo ruim que atrapalhe uma comemoração. A prova disso foi a festa entre torcida e jogadores do Athletico, na quarta-feira (19), para comemorar o título da Copa do Brasil.

O tempo em Curitiba não colaborou. Mas quem se importou? Muitos lembraram que em 2001, ano da conquista do Campeonato Brasileiro, também estava assim, chuvoso, nublado. Era um sinal positivo. Tanto que milhares de torcedores esperavam ansiosamente a chegada da delegação, que desembarcou por volta das 11h50. Em seguida, foram direto para o trio elétrico. Quando todos subiram, os atleticanos foram liberados para se aproximarem. Foi aí que a festa começou.

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De carro, de moto e até mesmo a pé. Todos queriam acompanhar o time campeão. E o trajeto era longo. Foram quase três horas para sair do Afonso Pena, passando pela Avenida das Torres até chegar na Arena da Baixada. Pelo caminho, mais atleticanos iam se unindo à carreata, enquanto outros já aguardavam no estádio.

Torcida esperou o Furacão nas ruas de Curitiba. Todos queriam se aproximar do time campeão. Foto: Felipe Rosa
Torcida esperou o Furacão nas ruas de Curitiba. Todos queriam se aproximar do time campeão. Foto: Felipe Rosa

No meio disso tudo, crianças e adultos eufóricos, alguns até chorando. Afinal, a conquista é inédita e marcante. Dos mais novos aos mais velhos, não tinha quem não demonstrasse um sorriso. Aos 55 anos, Bartolomeu Pereira acompanhou todas as principais conquistas do Furacão, mas, ao ser questionado sobre qual título era o mais importante, não titubeou. “É uma sensação maravilhosa. Essa taça aqui, com o drible do Cirino, é, com certeza, a mais fantástica”, respondeu ele.

Já para os mais novos, foi o primeiro gostinho de ser campeão nacional. Gabriel Gustavo da Silva, de 19 anos, era muito novo quando o Rubro-Negro faturou o Brasileirão em 2001. Agora, saiu para as ruas comemorar.

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“Estou sem palavras. Eu fui na casa de amigos, de parentes para comemorar. Quando o Cirino fez aquela jogada, foi uma explosão na cidade inteira. Foi algo muito fora do comum, nunca tinha vivido nada assim. A Copa do Brasil muda o patamar do Athletico em todo o Brasil”, tentou explicar.

Bruno Guimarães foi um dos mais empolgados na festa. Dançou, pulou, provocou os rivais e homenageou o ex-companheiro Renan Lodi. Foto: Hamilton Bruschz
Bruno Guimarães foi um dos mais empolgados na festa. Dançou, pulou, provocou os rivais e homenageou o ex-companheiro Renan Lodi. Foto: Hamilton Bruschz

Quando o trio elétrico apontou na Arena, a galera foi ao delírio, cantando o hino e gritos de incentivo ao time. Todos queriam ver seus heróis, tentar chegar o mais próximo possível da taça. Qualquer adversidade foi superada. Cachorros estavam vestidos de vermelho e preto. Pessoas com dificuldades de locomoção, com cadeira de rodas ou muletas, ou aqueles que saíram direto do serviço e foram até de terno para a Baixada. Outros deram um jeitinho de matar o trabalho. Cada um chegava como podia, na hora que podia.

Torcedores lotaram a entrada da Arena da Baixada para comemorar o título da Copa do Brasil. Foto: Felipe Rosa
Torcedores lotaram a entrada da Arena da Baixada para comemorar o título da Copa do Brasil. Foto: Felipe Rosa

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O ápice foi quando o trio elétrico estacionou em frente à esplanada. Foi o momento mais próximo entre jogadores e elenco. Todos pareciam ser um só. O técnico Tiago Nunes, o volante Bruno Guimarães e o zagueiro Léo Pereira tomaram conta do microfone. Puxavam cantos das arquibancadas, provocaram os rivais. Tudo que tinham direito eles fizeram. O lateral-esquerdo Adriano, recém-chegado, mesmo sem ter jogado a Copa do Brasil, estava eufórico. E cada gesto, cada palavra, era comemorada pela torcida como se fosse um gol.

Da chegada em solo curitibano, até o último a descer do trio, foram mais de seis horas de comemoração. Uma celebração, que, bem na verdade, durou quase 24 horas. Entre o gol de Rony, que decretou o título, até a madrugada a fora, a expectativa da volta, a espera pelo grupo campeão. Cada minuto foi saboreado pelos atleticanos, que comemoravam como se não houvesse amanhã. E o amanhã para os torcedores não importa mais. Até a nova página ser escrita e vir a disputa por um novo título.

Jogadores vestiram uniforme da organizada e até se vestiram de caveira. Mas o principal era mostrar a taça, que foi exibida a todo instante. Foto: Felipe Rosa
Jogadores vestiram uniforme da organizada e até se vestiram de caveira. Mas o principal era mostrar a taça, que foi exibida a todo instante. Foto: Felipe Rosa

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