O contrato do zagueiro Paulo André com o Athletico se encerra no próximo dia 30 e as chances de que o jogador se afaste dos gramados para assumir uma função executiva no clube são grandes. O atleta já tinha data para ‘pendurar as chuteiras’ no final do ano passado e dividia seu tempo entre os jogos e as decisões internas no time, mas aceitou o desafio de permanecer por mais seis meses dentro de campo.
Agora, com o fim do novo acordo, o jogador de 35 anos deve seguir atuando somente nos bastidores do Rubro-Negro. Na finalíssima da Recopa Sul-Americana, na Argentina, o jogador deu pistas de que estava no fim de sua longa carreira como atleta profissional. Um dia antes da decisão, em entrevista, ele falou que preferia deixar a zaga do Athletico com atuações de alto nível. O duelo diante do River Plate poderia coroar a trajetória que até aqui conta com 178 jogos pelo Furacão. Mesmo com a derrota em Buenos Aires, a tendência é de que ele prefira estar agora do lado de fora das quatro linhas.
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“É desfrutar, aproveitar cada minuto no campo e deixar tudo. Desde o ano passado, a sequência foi boa, fiz bons jogos. É melhor deixar o sentimento de saudade do que o ‘tira-me daqui”, disse Paulo André no dia 29 de maio, um dia antes de encarar o River Plate.
Quando o time de aspirantes do Furacão conquistou o segundo turno do Campeonato Paranaense, em abril, o jogador – que entrou para reforçar a equipe no returno – comentou na saída do gramado sobre saber que seria sua ‘reta final’ de carreira.
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“Acho que dessa vez é de verdade. Têm mais alguns jogos pela frente, uma final para jogar (contra o Toledo). Estou muito feliz pelo projeto do Athletico, pela formação e pelos meninos”, disse na ocasião referindo-se à nova safra de jogadores oriundos da base do Furacão.
Desde o ano passado, Paulo André participa da contratação de jogadores e também observa de perto as promessas do time ajudando na seleção de jogadores para subirem ao profissional. Natural de Campinas, o jogador teve sua primeira passagem pelo Athletico em 2005 e 2006. Também jogou no Le Mans, da França, onde permaneceu por três anos, e foi ídolo no Corinthians, time que defendeu por cerca de cinco temporadas e se consagrou campeão da Libertadores e do Mundial de Clubes. Tem também em seu passaporte o carimbo da China, onde em 2014, se aventurou no Shanghai Shenhua. Na temporada seguinte voltou ao Brasil e defendeu o Cruzeiro e em 2016 voltou ao Rubro-Negro, onde permanece até hoje.