O comportamento do técnico do Paraná Clube, Toninho Cecílio, à beira do gramado começa a ser marcado de perto pela arbitragem paranaense. Nos últimos três jogos do Tricolor, o comandante paranista foi excluído em duas oportunidades – na vitória frente ao Londrina (2 x 1), semana passada, e na partida de quarta-feira passada , contra o Operário (1 x 1), quando ele soltou o verbo.
Por ser reincidente, o fato pode complicar a situação de Toninho Cecílio, já que o árbitro do confronto, Antonio Denival de Morais, carregou a súmula, indicando insultos e palavras de baixo calão disparadas pelo treinador. “Exclui do banco de suplentes o Sr. Antonio Jorge Cecílio Sobrinho, por portar-se de maneira inconveniente reclamando de todos os lances que julgava como sendo falta a favor de sua equipe, com gestos acintosos e as palavras: “Foi falta c…, marca, por que não apita? Todo jogo é assim, sempre somos prejudicados”, relatou. Diante disso, existe a possibilidade real de que Toninho seja denunciado ao Tribunal de Justiça Desportiva (TJD).
A posição da diretoria paranista, no entanto, é de defesa do técnico. O gerente de futebol do clube, Alex Brasil, apoia o treinador, que de fora das quatro linhas comanda com êxito o terceiro colocado do Campeonato Paranaense, com a invicta campanha até aqui de três vitórias e três empates. O dirigente foi categórico ao afirmar que não somente Toninho Cecílio, mas o Paraná Clube tem sido minado pela arbitragem estadual e que, de acordo com ele, o fato é preocupante. “Ainda não pude ler a súmula, mas preocupa. Infelizmente passamos por esse tipo de situação, e não é a primeira vez que isso ocorre. A arbitragem vem nos prejudicando, principalmente ao nosso treinador. Eu mesmo tive problemas com a arbitragem no ano passado. Então, isso nos deixa bastante chateado”, disse.
Indagado sobre uma possível falta de equilíbrio por parte de Toninho Cecílio, dono de um estilo enérgico à frente da equipe, Alex Brasil negou veementemente, e expôs o que, segundo ele, é a razão dos problemas com a arbitragem no Paraná: a má qualidade dos donos do apito. “De maneira alguma [falta equilíbrio a Toninho Cecílio]. Falta mesmo é bom senso da arbitragem, e de quem os escala para atuar em jogos tão importantes”, protestou.