Adorado por uns, odiado por outros. Wagner Tardelli Azevedo, ontem pela manhã, foi flagrado no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, sendo cumprimentado por um grupo de torcedores colorados. Com um sorriso estampado no rosto, posou para fotos. Alguns minutos depois, um grupo de torcedores paranistas deu ?varredura? na sala de embarque, atrás do apitador.
?O que ele fez foi sacanagem. Merece umas porradas?, diziam os torcedores, ainda enfurecidos e sem dormir, após um ?chá de espera? no aeroporto.
?A gente faz um sacrifício para ver o time do coração e acontece isso. Não dá para agüentar calado.? Enfim, Tardelli não foi visto e seguiu tranqüilamente sua viagem de retorno a Florianópolis, onde reside. Só que a revolta dos paranistas foi além, via internet. Os ?nets? de plantão invadiram o orkut da atual esposa do árbitro, Fátima Tardelli.
Resultado: as mensagens triplicaram em menos de doze horas. E tinha de tudo, do tradicional ?vergonha?, ?safado?, ?ladrão?, a palavras impublicáveis. Os mais exaltados faziam ameaça de morte a Wagner Tardelli Azevedo, no orkut chamado de ?Waguinho?. Reação espontânea da torcida à parte, a diretoria prepara um dossiê sobre o jogo, que será anexado a um protesto formal contra o árbitro.
?Não queremos mais o Tardelli em nossos jogos?, disparou o presidente Aurival Correia. O Paraná encaminhará jornais e gravações da transmissão do jogo das rádios e tevês, além de um compacto com oito minutos de duração, apresentando os muitos erros de Tardelli e que causaram um grande prejuízo moral e financeiro ao clube. Apenas com a renda de um jogo nas quartas-de-final e a premiação da CBF por classificação, o clube deixa de faturar algo em torno de R$ 350 mil.