Após vitória, Bernardinho critica postura do Brasil

Depois de ver a seleção brasileira enfrentar algumas dificuldades para superar o modesto Irã por 3 sets a 1, com parciais de 25/22, 25/18, 23/25 e 25/19, pela segunda rodada da Copa dos Campeões Masculina de Vôlei, em Osaka, no Japão, nesta quinta-feira, o técnico Bernardinho criticou o desempenho e a atitude do seu time em quadra.

O treinador, que escalou a seleção com uma formação diferente da usada na estreia – sem o atacante Giba e o meio-de-rede Lucas -, quando o Brasil bateu Cuba por 3 sets a 2, voltou a cobrar uma evolução da equipe para o próximo confronto na competição. O Brasil volta a jogar no sábado, à 1h30 (de Brasília), contra a Polônia, em Nagoya.

“Estivemos abaixo de nosso potencial. O time não foi tão agressivo e, em alguns momentos, pode ter pensado que nossa experiência decidiria o jogo. Isso não aconteceu. Tivemos que jogar duro contra eles até o fim para vencer. Aí entra o mérito de nossos adversários. Em todos esses anos à frente da seleção brasileira, eu nunca havia enfrentado o Irã. É um time bom, que mostra muita vontade em quadra e que possui uma boa defesa e um bom bloqueio. Impressionei-me realmente”, afirmou Bernardinho, para depois elogiar os poloneses.

“Não gostei da postura do Brasil hoje (quinta-feira). Espero que consigamos recarregar as baterias para o confronto com os poloneses. Esse time venceu campeonato europeu e possui bons jogadores, técnicos, além de meios-de-rede fortes”, lembrou.

Se Bernardinho criticou o desempenho em quadra, os jogadores minimizaram o rendimento abaixo da média. “Sei que não fizemos nossa melhor partida hoje, mas o importante é ganhar. Estamos numa competição curta e é isso que conta. Nosso grupo é formado por 14 grandes jogadores, todos em condições de entrar e dar conta do recado. O Brasil possui muitos talentos e esse é motivo de estar sempre brigando para estar entre os melhores”, disse o atacante Murilo.

Já o meio-de-rede Rodrigão, autor de sete pontos diante do Irã, tentou explicar o motivo de o Brasil ter sofrido para superar o adversário. “Em alguns momentos, quando se está ganhando, acontece de o time dar uma desconcentrada. Além disso, não conhecíamos o time iraniano. Esse fator complica um pouco para qualquer um”, analisa Rodrigão.

No final das contas, o maior da destaque da criticada atuação brasileira foi o oposto Leandro Vissotto, que assinalou 21 pontos. Pela Irã, o maior pontuador foi também um oposto, Karem, com 17.