"12º jogador"

Ángel Portugal diz que está difícil jogar sem a torcida

A derrota por 3×2 para o Cruzeiro deixou algumas marcas no Atlético. Além da interrupção da boa sequência de dois jogos sem derrotas (vitória sobre o Grêmio na estreia e empate fora de casa contra o Vitória), o estádio Mané Garricha pintado com tons de azul irritou o técnico Miguel Ángel Portugal. O público pagante anunciado foi de 12.093 torcedores, mas a impressão que se dava era de que tinha mais gente nas arquibancadas. E a grande maioria torcendo pela Raposa.

Como precisa cumprir a punição do STJD pelas brigas da última rodada do Brasileirão do ano passado, o Atlético tem que encontrar alternativas para que, ao menos financeiramente, não leve prejuízo por causa das punições. Emocionalmente é evidente que a perda é enorme, mas financeiramente os jogos contra o Grêmio (R$ 133.776,00) e Cruzeiro (R$ 883.065,00) trouxeram números interessantes.

Embora deva ficar feliz com as cifras, Miguel Ángel deixou claro que o prejuízo emocional lhe incomoda muito. Após o jogo, ele reclamou. “Todos viram que estávamos jogando em outro lugar que não nossa casa. Temos o campo fechado, mas é melhor jogar com a porta fechada. Para fazer isso, melhor jogar com a porta fechada”, concluiu. De fato o Atlético perde um dos principais aliados: a torcida. Mas foi uma pequena parte dessa mesma torcida que causou todo esse problema.

Weverton

O grande personagem da primeira rodada do Furacão no Brasileirão sequer entrou em campo. Titular absoluto do time desde o ano passado, inclusive da Libertadores nessa temporada, Weverton apareceu entre os reservas para o jogo contra o Grêmio. Ao final do jogo o camisa 12 meteu a boca no mundo, atendeu a todos os repórteres que foram até o Orlando Scarpelli e deixou bem claro que a decisão que o tirou do time não foi técnica, mas sim política.

E foi essa mesma política que o reconduziu aos titulares após um acordo de paz entre ele, a diretoria e a comissão técnica. “O trabalho continua. Todos sabem do meu caráter e o quanto quero bem esse clube. Se o Miguel me deu a responsabilidade de ser o capitão, agradeço e espero corresponder da melhor forma possível. Primeiro embaixo do gol, que é minha função, depois conversando e podendo passar tranquilidade aos meus companheiros”, destacou o goleiro, que completou 100 jogos com a camisa rubro-negra.