Andy Irons fecha o ano com três “bi” em Pipeline

As ondas não estavam ideais para Banzai Pipeline e as direitas do Backdoor acabaram sediando a emocionante decisão do título mundial, que só foi definido na última bateria do Xbox Gerry Lopez Pipeline Masters. Kelly Slater pegou as melhores ondas da sexta-feira durante as semifinais, mas quem brilhou na última bateria do ano foi o havaiano Andy Irons, que comemorou a conquista de três bicampeonatos diante da sua torcida no Havaí. Repetiu o título mundial no ASP World Championship Tour (WCT), ganhou seu segundo troféu de Pipe Masters e ainda faturou a Tríplice Coroa Havaiana também consecutivamente.

Slater terminou em último lugar na bateria final, atrás dos australianos Joel Parkinson (2.º) e Phillip MacDonald (3.º). Os seis brasileiros que competiram na sexta-feira não conseguiram classificação para as quartas-de-final e ficaram empatados em 17.º lugar.

No último dia, as séries não passaram de 2m de altura e não estavam ideais para Pipeline, com as direitas do Backdoor funcionando com melhor qualidade. Foi nessas ondas que Kelly Slater garantiu algumas das suas cinco coroas de Pipe Masters e ele vinha de uma brilhante semifinal, quando fez a melhor apresentação do dia. Andy Irons ainda não havia brilhado, mas pegou a primeira onda boa na decisão e recebeu uma nota 8,33 que acabou sendo a maior de toda a bateria. MacDonald também começou bem tirando um 8,27 em outro bom tubo, enquanto seu compatriota, Parkinson, quebrou sua prancha logo na primeira tentativa.

Slater não encontrava as ondas que achou na semifinal, mas assumiu a liderança com duas notas que não chegavam a 5 pontos. A maioria das ondas fechava rapidamente, mas o havaiano achou outro tubo e recebeu 6,83 para garantir uma boa vantagem principalmente sobre o norte-americano, que já se encontrava em 4.º na bateria. Slater ainda tentou várias vezes reverter o placar, porém ninguém conseguiu bater os 15,16 pontos de Irons.

Slater vinha de duas vitórias seguidas no circuito (Billabong Pro, da Espanha, e o Nova Schin Festival WCT Brasil), quando conseguiu igualar o número de vitórias do havaiano nas etapas do WCT 2003. Todavia, esta foi a primeira vez que os dois se confrontaram neste ano e Andy Irons desempatou a disputa com sua segunda coroa consecutiva de Pipe Masters, que comemorou o bicampeonato em tudo no Havaí.

Oito ?brazucas? na elite mundial

Os brasileiros que correram o Masters 2003, não passaram em suas baterias. O cabo-friense Victor Ribas foi o primeiro a cair, na bateria do vice-campeão Joel Parkinson e do havaiano Pancho Sullivan. Na terceira bateria, o paraibano Fábio Gouveia cometeu interferência e somando só uma nota foi eliminado por Luke Hitchings (AUS) e Shea Lopez (EUA).

Na disputa seguinte, a praia estava lotada para assistir a apresentação dos candidatos ao título mundial da temporada. O niteroiense Guilherme Herdy e o paranaense Peterson Rosa enfrentaram os havaianos Andy Irons e Marcus Hickman.

Os donos-da-casa seguiram em frente e o pernambucano Paulo Moura também foi despachado por Kalani Robb e Derek Ho. A última esperança do Brasil chegar nas quartas-de-final ficou sendo o catarinense Neco Padaratz. Mas o campeão mundial do WQS 2003 foi derrotado por Cory Lopez (EUA) e Bruce Irons (HAV). Com o encerramento da temporada, o Brasil então manteve na elite mundial os oito surfistas que já estavam classificados após a final do WQS em Haleiwa, com os nossos pioneiros no Circuito Mundial, Flávio Padaratz (SC) e Fábio Gouveia (PB), além de Danilo Costa (RN), se despedindo do grupo dos melhores surfistas do mundo.

No ano que vem, estarão representando o surf brasileiro no WCT Guilherme Herdy (RJ), Peterson Rosa (PR), Paulo Moura (PE), Victor Ribas (RJ), Neco Padaratz (SC), Armando Daltro (BA) e as novidades Raoni Monteiro (RJ) e Marcelo Nunes (RN), que reconquistou o seu lugar na elite mundial.

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