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Análise: o Atlético vai pra Libertadores e o Coritiba não vai ser rebaixado

Pablo, Luccas Claro e Thiago Heleno, três destaques da dupla nesta reta final de Brasileirão. Foto: Divulgação/Coritiba FC

A parada do Campeonato Brasileiro para os jogos da seleção brasileira nas eliminatórias da Copa do Mundo deixam vários suspenses no ar: será que o Palmeiras será campeão na próxima rodada? Mesmo com uma queda improvável do Verdão, o Santos teria força para arrancar e ameaçar o título? O Internacional vai ser rebaixado pela primeira vez em sua história? Essas são algumas perguntas. Para nós, o que vale mais são essas duas: será que o Atlético garante a vaga na Libertadores? E será que o Coritiba escapa sem sustos do rebaixamento?

É possível ser otimista. A gente questiona – e muito – o rendimento do Atlético fora de casa. Sim, porque perder 14 de 17 jogos é de doer. Perder fora para os seis últimos colocados (incluindo aí o rival Coxa) é “inadmissível”, como bem resumiu o meia-atacante Pablo. Mas também temos que lembrar a espetacular campanha na Arena da Baixada, a melhor como mandante entre os vinte times que disputam a Série A. E é possível “comemorar” a instabilidade de Corinthians, Grêmio e Fluminense, que disputam com o Furacão a vaga no G6 – o Botafogo dificilmente sairá da turma.

Pra garantir a classificação pra Libertadores, qualquer cenário obriga o Atlético a vencer suas partidas na Arena. Não é nada impossível – o Sport tá na parte de baixo da tabela e a tendência é que o Flamengo chegue meio resolvido na última rodada. Somando seis pontos aos 51 que tem, o Rubro-Negro vai a 57 e aí faz duas finais contra Fluminense e Corinthians fora de casa. Aí, empates já seriam espetaculares. Mas não será impossível ficar no G6 mesmo perdendo os dois jogos. Por isso, aposto no Furacão.

E o Coritiba? Apesar de alguns tropeços, como aquele empate com o Figueirense, não se pode negar que o Coxa cresceu de produção e, principalmente, passou a ter uma postura diferente com Paulo César Carpegiani. É uma equipe mais regular, que a gente imagina como vai atuar, e que tem razões para as derrotas – geralmente em cima da qualidade técnica superior dos adversários, vide o Nacional de Medellín na Copa Sul-Americana.

Mesmo assim, resultados acontecem, como a grande vitória sobre o Atlético-MG. Mostram que um time bem armado pode sim fazer frente a times melhores, como o Galo. Mérito de Carpegiani, e também da boa fase de alguns jogadores. Enfrentando Santa Cruz e Vitória no Couto Pereira, é real a possibilidade de somar seis pontos e chegar a 48, eliminando o risco de rebaixamento. E ainda a última rodada, contra uma Ponte Preta desmobilizada, permite pensar em outra vitória. E aí uma derrota para o Flamengo no Maracanã não teria maior impacto. Por isso, aposto no Coxa.