Alonso despreza proibição da FIA

Dois dias depois de a FIA proibir a Renault de usar os amortecedores de massa em seus carros, Fernando Alonso, líder do Mundial de F1, disse que o sistema vetado pela entidade não vai mudar o rumo do campeonato. ?Quando eu estava guiando, nem sentia a diferença?, desdenhou o espanhol ontem em Istambul, onde hoje começam os treinos livres para o GP da Turquia, 14.ª etapa da temporada.

O piloto procurou minimizar a eficiência do ?segredinho? que a Renault começou a usar em setembro do ano passado – um sistema simples, baseado nos amortecedores que reduzem as vibrações de grandes estruturas, como pontes e edifícios.

A Renault não protestou. Desde o GP da Alemanha já não usa o sistema, que foi considerado ilegal pela FIA, mas ainda dependia de um julgamento – realizado na terça em Paris. Coincidência ou não, em Hockenheim a equipe andou mal, com Alonso terminando em quinto e Fisichella, em sexto. A Ferrari fez dobradinha nessa corrida, com vitória de Schumacher e Massa em segundo.

Em tese, os ?mass dampers? permitem que o desgaste dos pneus dianteiros da Renault seja menor, e por isso o time vinha usando compostos bem macios. ?Nós aceitamos a decisão, mas é estranho que depois de um ano eles considerem que está fora do regulamento?, disse Alonso, insinuando que a FIA está protegendo a Ferrari no final do campeonato.

Para Schumacher, rivais vão sentir

Virou uma guerrinha psicológica a última fase do mundial. A cinco corridas do encerramento, com dez pontos separando Alonso de Schumacher, qualquer declaração de um é prontamente rebatida pelo outro.

Ontem, Fernando disse que a probição dos amortecedores de massa não vai atrapalhar a Renault. O alemão acha que vai. ?Se eles não acreditassem nesse sistema, não teriam usado. Certamente fez com que andassem mais rápido, e sem isso vão andar mais devagar?, disse.

Michael fez uma ressalva, porém. ?O desenvolvimento dos carros é sempre muito rápido e acho que eles saberão se adaptar às circunstâncias?, falou. Para, de novo, mostrar que é uma no cravo e outra na ferradura: ?Só que neste momento estamos mais fortes?.

Schumacher acredita que as pistas que recebem as últimas provas da temporada favorecem a Ferrari. Ele só teme a chuva. ?Na Hungria, ficou claro que em condições de pista molhada, hoje, temos desvantagem. Estou muito otimista. Mas antes de Indianápolis, Fernando estava também, e nós ganhamos três corridas seguidas. Isso prova que as coisas podem mudar muito rapidamente na F1, e por isso é preciso ter os pés no chão.?

Bebum, eu?

Kimi Raikkonen ficou irritado com as notícias publicadas na Europa, dando conta de uma bebedeira numa festa depois do GP da Hungria que teria resultado numa pesada multa por dirigir embriagado. ?É tudo mentira, não sei quem escreveu isso?, falou o finlandês.

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