O sonho da diretoria do Atlético de manter o meia Adriano até o final do campeonato brasileiro pode esbarrar no desejo do jogador de procurar um novo rumo no meio da temporada.
Após ter acertado a permanência no clube e avisar o técnico Mário Sérgio que ficaria até o final do ano, o meia diz que vai cumprir o atual vínculo para, somente depois, discutir uma eventual renovação. O atual contrato vai até o dia 30 de junho, mas para jogar ele precisa cumprir uma pré-temporada determinada pela comissão técnica.
“Eu vou cumprir o meu contrato e depois a gente pode conversar. Eu não posso falar se eu vou ficar no Atlético ou não”, disse o meia do rubro-negro. Segundo ele, ainda não é o momento para falar sobre renovação. “Ainda está cedo para falar alguma coisa e o importante é se preparar ao máximo, trabalhar bem forte com os companheiros e voltar para jogar essas finais com meus companheiros”, apontou.
Obediente, ele aceitou a pré-temporada imposta pela comissão técnica e pretende fazer todos os trabalhos com a maior dedicação para voltar ao time o quanto antes. “Eu estou fazendo a pré-temporada, que o Mário pediu para mim, para chegar no mesmo nível dos outros jogadores e espero estar junto do grupo para ajudar a equipe do Atlético a conseguir o campeonato”, destacou. O jogador garante que não tem problemas e se recupera de qualquer falta de condicionamento e ritmo de jogo com rapidez.
No entanto, o seu aproveitamento na equipe vai depender do treinador. “Ele (Mário Sérgio) é o dono da equipe e é quem comanda. Só depende dele, mas eu tenho que cumprir. Todo mundo fez a pré-temporada e eu vou fazer esse trabalho para estar bem com os companheiros”, ressaltou. Segundo ele, todos os problemas que antecederam essa readmissão no elenco já foram superados. “Eu tenho um carinho muito grande pela torcida do Atlético, mas foi um momento em que eu decidi e voltei atrás. Agora é bola para frente e estar com o grupo”, revelou.
Imbróglio
No ano passado, o mesmo Adriano teve seu contrato encerrado no dia 30 de junho, mas a renovação se arrastou por mais de um mês. O próprio jogador chegou a se apresentar ao Olympique de Marselha após a Copa das Confederações, não resolveu nada, foi passear na Inglaterra com Kléberson, enquanto o time passava por seu pior momento no Brasileirão 2003, com o técnico Osvaldo Alvarez sendo sacrificado.
Zagueiros ansiosos para estrear
Eles sabem que a hora vai chegar, mas não desgrudam os olhos do relógio. Assim são os zagueiros Marinho e Valnei, contratados no início do ano, mas que até agora não sentiram a emoção de estrear com a camisa do Atlético. Após uma rigorosa pré-temporada, os dois já estão participando dos treinamentos com bola e apenas aguardam um chamado do técnico Mário Sérgio para poderem mostrar por que foram contratados.
“Estou há oito meses parado. Estou aqui há dois meses, correndo bastante, treinando bastante e claro que a ansiedade é grande. Mas, na hora que ele (Mário Sérgio) falar, você vai Marinho, não posso deixar essa ansiedade atrapalhar”, destaca Marinho. De acordo com ele, já é possível atuar pelo time rubro-negro. “Até um tempo atrás, eu estava me sentindo um pouco travado, um pouco pesado devido a inatividade em que eu fiquei. Mas, agora eu não estou ainda no mesmo ritmo de quem joga, mas estou perto”, aponta.
Mesmo com a vontade grande, ele não quer precipitar as coisas e espera um aceno do treinador. “Se for depender do jogador, ele joga até fora de forma. O Mário Sérgio e o Trevisan (Flávio, preparador físico) têm o controle da situação e sabem qual o momento certo, se o time precisar, de me colocar”, finaliza.