Curitiba

Caça-fantasmas de Curitiba buscam atividades sobrenaturais em lugares abandonados da cidade

Os legionários: Caça fantasmas de Curitiba
Escrito por Gustavo Marques

Os Caças-Fantasmas de Curitiba desafiam lendas urbanas, lugares amaldiçoados, casas e fábricas abandonadas em busca de desafios e encontros espirituais. O grupo é formado por membros da família Domingas que, desde 2021, produz vídeos para o canal no YouTube chamado Os Legionários

O time dos Caças-Fantasmas é formado pelo pai (Antônio Carlos), os filhos  (Christiano Augusto, Élcio Fernando e Cleiton Eduardo), e a mentora espiritual Erika Manske. Aliás, Erika foi a última a entrar no seleto grupo, pois a equipe percebeu que precisava reforçar o lado emocional devido ao desgaste que vinha em forma de pesadelos.

@tribunapr Você sabia que existe caçadores de fantasmas em Curitiba? #curitiba #horror #scary #ghost ♬ Scary music like a haunted house – INOSHIN

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A atividade sobrenatural entrou na vida dos Domingas quando a família morou em uma casa considerada mal assombrada, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba.

“Meu pai não tinha condições e era chamado de louco por abrigar a família naquela casa. Eu tenho lembranças até hoje, mas achava que era coisa da minha cabeça. Escutava passos, via vultos, a cadeirinha lá fora ficava balançando. Era uma chácara centenária e as pessoas evitavam passar na frente. Meu pai era bem cético na época, evitava falar disso”, lembra o filho Christiano.

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A partir dessa história, os filhos criam o Canal no YouTube, com o perfil de Caçadores de Lendas. O assunto chamou a atenção na internet, e os seguidores começaram a sugerir visitas em ambientes considerados hostis. A primeira dica: visitar a Pedreira do Orleans, em Campo Magro, lugar que por anos foi ponto de desova e até um ônibus foi retirado no período de estiagem em 2020. A Tribuna foi até lá e participou de uma das atividades dos Legendários. Veja mais abaixo!

Nessa visita ao sobrenatural, os Caça-Fantasmas de Curitiba perceberam que a aventura não fica somente diante dos fantasmas ou lendas. Ao chegar na Pedreira, o grupo foi recebido por uma pessoa armada com facão. “Apareceu um usuário de drogas correndo em nossa direção com um facão. Fomos embora na hora para casa completamente assustados. Subimos o vídeo no canal e bombou de acessos. Nos comentários era só pedido para retornar na Pedreira. Voltamos mais tarde e vimos coisas estranhas. Vozes, gritos de ‘saiaaaa’, batidas na parede”, recorda Christiano. 

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Os legionários: Caça fantasmas de Curitiba
Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná

Casas e empresas abandonadas 

Durante quase três anos de filmagens e experiências, os Legendários tiveram que enfrentar casos como da “Mulher do Poço”, “A Casa da Noiva”, “Fábrica Maldita”, “A Casa do Fogo”, “Motel Abandonado”, “Casa do Padre” entre outras cenas pesadas. No combate, o grupo utiliza sal grosso, óleo ungido por um pastor, lanternas, câmeras de gravação, medidores de radiação (K2), laser, e um equipamento chamado spirit box,  uma caixa de som que auxilia o espírito a se comunicar com os humanos.

“Todos os instrumentos são importantes, mas a oração é fundamental. Tive muito pesadelo e minha vida não estava legal com esses enfrentamentos. Buscamos a ajuda espiritual para entender o que encontramos. Em Curitiba e Região Metropolitana tem muitas entidades, inclusive algumas maldosas” , comentou Christiano, que também trabalha como vigia. 

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Broncas da Polícia e Geleia de Curitiba?

Agora com o nome mais conhecido o grupo entendeu que não basta somente ir ao local indicado e fazer a filmagem. Certa vez, apareceram três viaturas da polícia, e quase foram presos na madrugada.

“Fomos gravar em uma empresa de borracha com uma casa abandonada em Fazenda Rio Grande, a famosa lenda do Japonês. De repente, três viaturas da polícia, e estávamos guardando o equipamento. Usamos armas de airsoft, deram um esculacho na gente. Madrugada, escuro e denúncia de invasão. Ali aprendemos que é preciso ter a autorização e entrar em contato com a delegacia da região. Foi um baita susto, mas hoje damos risada com aquela cena”, brinca o Caça-Fantasma. 

Os legionários: Caça fantasmas de Curitiba
Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná

Falando do filme que foi sucesso nas décadas de 80 e 90, e que depois teve a última versão em 2014, Christiano reforça que algumas cenas mostradas nas telonas também ocorreram na vida real.

“Lanterna não funciona ou fica piscando, frio intenso nos lugares, caminhonete do pai que sempre funcionou acaba falhando. Teve uma em Almirante Tamandaré que escutamos barulho de armário batendo, vimos vulto na sala, e no poço vimos uma mulher. Eu não consegui fazer nada, só corremos”, reforçou o Legendário que ainda não encontrou o famoso fantasma verde Geleia. “Ainda não encontramos, quem sabe um dia…

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Gustavo Marques

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