Bairro Alto

Ganso de estimação é atração por onde passa em Curitiba. Conheça o Guns!

Travesseiros de pluma de ganso, andar como um ganso e, ironicamente, afogar o ganso. Com certeza você já ouviu isto em algum lugar, mas para um casal em Curitiba, isto não pega muito bem. Fernanda da Costa, enfermeira, e Cliomar Junior, eletricista, adoram animais e há dois anos convivem com muita harmonia, dedicação e amor ao Guns. Estamos nos referindo ao ganso mais conhecido e estrelado do Bairro Alto, na capital paranaense.

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O animal de estimação exótico é tratado como filho pelo casal, que já teve a cadela Nina (faleceu há um mês), tem o gato (o Amarelo) e a ave. O ganso é da espécie Bremen, que chama a atenção pela sua elegância e porte. Branco, olho azuis, um pescoço alongado, cabeça avantajada e asas em forma de arcos. A chegada de Guns foi um pedido despretensioso da esposa que recorreu ao marido após ver uma reportagem na televisão. “Um a moça tinha um ganso na coleira e achei peculiar. Pedi para meu marido como presente e depois de algum tempo ele encontrou um lugar que vendia o filhote. Ganhei de presente de casamento. Foi aquele corre corre para se informar melhor sobre o assunto, pois não fazia a mínima ideia de como cuidar do ganso”, confidenciou Fernanda para a Tribuna do Paraná.

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Com a missão de encontrar um ganso, Cliomar utilizou a experiência de escoteiro e ficou alerta para não deixar a chance escapar. “Comecei a procurar um criador para fazer a aquisição. Aí encontrei um senhor em Santa Felicidade que cria aves para uso doméstico. Fui buscar e foi uma surpresa para a Fernanda. O objetivo estava atingido e a família tinha aumentado”, lembrou o eletricista.

Ele chegou na atual casa com 8 dias de vida e virou o xodó da família. Uma das primeiras atitudes dos “pais” foi dar o nome para o animal. Dr. Ganso foi uma alternativa, mas ele não atendeu. “Assisti um filme de gansos e uma menina chamava a ave de Guns, Guns. Para minha surpresa, deu certo e assim ficou”, ressaltou Fernanda.

Primeiros dias

Sem ter tantos conhecimentos de como lidar com o novo membro da família, o lado maternal foi mais forte e ali conquistou o respeito com a ave. “Na natureza, a mãe não larga o filhote e aqui foi igual. Em colocava o ganso na bolsinha do avental e levava ele junto para todos os lugares. Ia estender roupa, fazer almoço e ele grudado comigo. Para o banho, deixávamos ele em uma banheira com água morna. Ele era o bebê da casa”, relembra Fernanda.

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Com o passar dos dias, Guns ganhou liberdade e comodidade dentro de casa. Tem seu espaço no lado externo da residência, piscina com 8 mil litros e refeições para todos os gostos. “Ele gosta de quirera, ração para cachorro e um pãozinho no café da manhã. Guns se recolhe cedo e quando passa do horário habitual pede para dormir. Adora um passeio de carro e os parques da cidade (confira no site da Tribuna, o Guns no Parque Bacacheri)“, disse todo sorridente o pai Cliomar.

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Estrela dentro e fora do Bairro Alto

O Ganso é a estrela e atração no Bairro Alto. Muitas crianças já sabem que o dia começa com um “bom dia ao Guns”. A residência da família fica ao lado de uma escola e os alunos não perdem a oportunidade de experimentar esta sensação de estar pertinho de um ganso com coleira. “A curiosidade é muito grande, pois a maioria das crianças convivem em apartamentos. A alegria maior está com os idosos, porque têm na memória o cachorro de polaco, que tomou corridão do ganso, levou bicada e isto está na memória. Aí ele passa a mão, faz carinho e os olhos dos mais experientes brilham”, comentou o paizão todo orgulhoso com a cria.

No passeio com a reportagem, Guns realmente foi a atração e chamava a atenção de todos. Nunca tinha visto isto. Já vi passear coelho e gato com coleira, mas um ganso é a primeira vez. Inusitado mesmo e até meus cachorros estão surpresos. Estou encantada”, comentou Stela Alvim, frequentadora do Parque Bacacheri.

Outro que ficou impressionado foi Anderson Neves. Ao lado da esposa e do filho pequeno, a presença do ganso modificou o programa da família. “Muito bacana mesmo e estamos sem palavras. Bem peculiar mesmo”.

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O ganso mais famoso de Curitiba também participa de eventos dedicados a animais exóticos ou mesmo nos tradicionais encontros de escoteiros que os pais participam. “Ano passado, ele foi no Natal dos bichos e alguns eventos de gastronomia. No nosso grupo de escoteiros também é atração. Ainda não cobra cachê”, brincou o pai/ empresário  e Guns.

Cachorro de polaco!

Foto: Marco Charneski/Tribuna do Paraná.
Foto: Marco Charneski/Tribuna do Paraná.

A expressão dada pelos antigos aos gansos de “cachorro de polaco” serve perfeitamente para o Guns. Ele defende a casa de estranhos e a todo momento está disposto a dar segurança aos donos. “Ele protege a casa. Não chega ninguém no portão sem ele gritar. Ele muda o tom se ele conhece, conversa até. Já um desconhecido, grasna alto e faz um enorme barulho. Mas ele é malandro e prega peças. Uma vez, ele caiu e quando a gente olhava, mancava. Aí era só não olhar para ele que andava normal. Baita de um sem vergonha”, ressaltou Junior.

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Cuidados veterinários

Com 2 anos de vida e com perspectiva de chegar aos 60, Guns é bem cuidado e a família está sempre atenta com possíveis doenças. Uma das preocupações é com a verminose no papo e bico, que pode ocasionar a morte. A prevenção vem com vermífugo, semelhante ao que é aplicado aos cachorros.

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Amor eterno

O amor com os bichos é verdadeiro e sem interesses. Para os amantes dos animais, nada como retornar para casa e encontrar nosso amigo. “Não tem como explicar este amor. Amamos cachorro, gato, tivemos passarinho, mas é um amor diferente. Geralmente tenho a rotina de ficar na varanda e boto ele no colo. Faço carinho e ele chega a chorar. Cai lágrima quando damos carinho. Não tem explicação, um amor verdadeiro”, concluiu Fernanda. Ganso na história A ideia de criar gansos não é tão nova assim na humanidade. Estima-se que há pelo menos 2 mil anos a.C, os sumérios, egípcios, chineses já recorriam às qualidades da ave. Seja pela carne, plumagens para a confecção de travesseiros, almofadas, peças de artesanato, entre outras utilidades que satisfaziam o gosto de reis, rainhas e demais representantes da elite.

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