Será que caso ou compro uma bicicleta?

Tenho percebido, nesses últimos tempos, que muitos profissionais estão sentindo a necessidade de se reinventar, de oxigenar suas carreiras. Seja por vontade própria ou pela crise atual e instabilidade que o mercado de trabalho no Brasil vem apresentando.

O que tenho discutido com meus clientes de coach é que é tempo de construirmos novos horizontes para a carreira. Penso que este pode ser um momento oportuno para repensar nossos próprios valores, revisitar o que construímos internamente e valorizar ainda mais o autoconhecimento e a nossa bagagem.

Que tal você se dar uma chance de se olhar de novo? Permita-se parar um pouco e se enxergar sob outro ponto de vista. Sempre existem formas de fazer diferente e melhor aquilo que estamos construindo em nossa vida e carreira, porém, a correria e as pressões do dia a dia dificilmente nos permitem essa parada para reflexão. E quando há um desligamento da empresa, esse sentimento de que engatou a primeira e que estava na zona de conforto vem à tona.

E o que fazer? Há várias formas de se buscar o autoconhecimento profissional, mas, para que o esse processo seja realmente efetivo, é importante que haja uma reflexão profunda, estruturada e acompanhada. Um programa de coaching, por exemplo, pode nos fazer ver aquilo que, mesmo que óbvio, nos recusamos a enxergar.

Fernanda trabalhou numa empresa por dez anos e foi demitida por questões de reestruturação na empresa. Estava perdida, enfraquecida e não conseguia sequer reconhecer suas potencialidades. Foi então que iniciamos um programa de coaching para que ela mergulhasse no seu papel profissional, com objetivo de alinharmos suas qualidades e expectativas com a nova realidade de mercado.

A identificação de suas potencialidades e fraquezas juntamente com as oportunidades e ameaças de mercado serviram de base para o seu autodesenvolvimento. Mas foi o reconhecimento da sua bagagem, expertise e maturidade profissional que serviram como oxigênio para que Fernanda voltasse a ter a autoestima.

O seu próximo passo foi construir o “produto Fernanda” e identificar em quais áreas ela gostaria de atuar para se lançar no mercado. Reconheceu que não queria ser mais funcionária e focou no desenvolvimento de um novo papel, o de empreendedora. Hoje, Fernanda tem seu próprio negócio e, apesar das dificuldades iniciais, valoriza a sua experiência no mundo corporativo, que a ajuda a superar as adversidades diárias na gestão do seu negócio.

Gosto da frase que diz que somos a soma das nossas escolhas de vida e de carreira. E digo a você: quando começar a dúvida se você casa ou compra uma bicicleta, é que está na hora de parar e se olhar de novo. Na dúvida, procure um coach!