Os sete pecados capitais no trabalho: o orgulho

O pior dos pecados ou a maior das virtudes?

O orgulho e suas manifestações surgiram como forma de intimidar rivais que tenham ameaçado o poder do líder. Estar cheio de si seria uma resposta adaptativa a ameaças, uma forma rápida de mostrar quem mandava no território. E não há nada de errado em sentir-se orgulhoso por suas conquistas, pois o orgulho é a satisfação pela capacidade, realização ou um sentimento elevado de dignidade pessoal.

Entretanto, há uma diferença entre o orgulho legítimo e o soberbo. Quando o indivíduo está orgulhoso de si, mantém contato com a realidade e demonstra esse orgulho dentro da percepção de que tem dificuldades como todo mundo. Já o soberbo só percebe qualidades no que faz perdendo o senso crítico de si mesmo.

Conversando com gestores em meus atendimentos de coaching, percebo que o que deveria ser algo positivo (profissionais orgulhosos de suas conquistas), muitas vezes, é visto como algo negativo nas empresas. Vemos que, principalmente em cargos de direção e gerência, muitos profissionais acabam agindo de forma “arrogante” e “orgulhosa” para demonstrar “poder”. Desta forma, acabam sendo vistos pela equipe como pessoas que “não mudam de opinião”, “donas da verdade absoluta”, e sabemos que tais atitudes na realidade demonstram baixa autoestima. Tentar argumentar tecnicamente, mostrar sua opinião e tentar chegar a um senso comum bem como não levar estas atitudes negativas para o lado pessoal são algumas atitudes para lidarmos com o orgulho em nossa vida profissional.

O orgulhoso

Considera-se o “dono da verdade”, é inflexível, diz não à cooperação e adora fazer pose de pavão!
Como lidar com o orgulho?

Ouça, preste atenção nos outros, olhe nos olhos. Abra espaço para discussão, troque ideias, compartilhe. Crie alianças – você consegue fazer e resolver TUDO? Seja humilde, saiba reconhecer as suas limitações e valorize as competências dos outros. E lembre-se: você não é a última bolacha do pacote.