Usar ou não suplementos?

Uma das dúvidas mais comuns a respeito do treinamento refere-se a quais produtos devemos consumir a fim de resultados mais rápidos e melhores. Em muitos casos aqueles que procuram suplementação mal ingressaram em programas de atividade física, descuidam ou desconhecem diversos fatores que interferem nos seus objetivos ou são até mesmo sedentários.

O que buscam, em verdade, é o atalho, o caminho mais fácil, a promessa. A indústria da suplementação responde à altura, acena para um arsenal de substâncias como um poderoso divisor de águas. Atletas patrocinados, com seus corpos esculturais, posam ao lado de uma infinidade de rótulos, com composição, apresentação e finalidades variadas. Se aposta em um discurso encorajador e nebuloso, com embasamento científico tendencioso, restrito ou inexistente, que conta com a falta de conhecimento como um dos seus principais aliados.

Ignora-se, entretanto, que a qualidade do treinamento, a necessidade de recuperação adequada e a disciplina com a dieta são aspectos de extrema relevância. Não há a percepção de que o corpo de um atleta resulta de vários anos de dedicação sob esses alicerces, assim como, de que um suplemento alimentar, sozinho, não ocasiona desempenho superior, resultados expressivos e tampouco acelerados.

Dizer isso não significa invalidar sua presença, pois em certas situações há uma relação nutricional diferenciada, em geral são indivíduos que se exercitam de forma intensa e dificilmente alcançam através da alimentação a quantia ideal de nutrientes em vista de suas demandas. Existem, também, aqueles que não conseguem equilibrar todas suas refeições, em quantidade ou qualidade, lançando mão da suplementação como um recurso em sua rotina diária.

No entanto, para a maioria das pessoas fisicamente ativas, uma alimentação balanceada e convencional é capaz de suprir todas as exigências nutricionais e auxiliar na realização de seus objetivos, dispensando o uso de qualquer suplemento.