Os perigos do overtraining

A busca por resultados rápidos e/ou melhores torna cada vez mais comum a incidência em ambientes não esportivos de uma condição presente na rotina de muitos atletas, a síndrome do excesso de treinamento, também conhecida como overtraining.

Esta situação deriva de um desequilíbrio entre a prática dos exercícios e a recuperação do organismo. Nos casos de overtraining, o volume de atividade física exige maior tempo de descanso em vista do que o praticante faz.

As consequências deste fenômeno são várias, implicando nos resultados do treinamento e, também, na qualidade de vida daquele que é acometido por tal problema. Verificam-se, sobretudo, respostas negativas sobre a massa muscular (dificuldade no seu desenvolvimento ou até mesmo redução) e risco de lesões no sistema musculoesquelético, além da propensão a disfunções hormonais, distúrbios psicológicos e interferência sobre a imunidade.

Alguns sintomas podem indicar sua manifestação: perda de rendimento físico, aumento da frequência cardíaca em repouso, redução no peso corporal, sensação de cansaço, dor muscular persistente, recorrência de infecções virais ou bacterianas, insônia, alterações de humor, entre outros. A percepção precoce desses indicadores, por parte do praticante ou do responsável pelo programa de treinamento, é fundamental para que se evitem complicações mais sérias.

Caso ocorra, conforme a gravidade, o praticante deve reduzir significativamente seus treinos ou interrompê-los temporariamente, até que o quadro seja revertido, o que pode levar meses nas situações mais severas.

Uma periodização correta, a orientação profissional e a alimentação balanceada são elementos essenciais na prevenção e combate dessa síndrome.