Musculação e emagrecimento

Estima-se que o gasto calórico diário, em média, seja cerca de 800 kcal menor que há três décadas. Em contrapartida, atualmente, consumimos aproximadamente 750 kcal a mais em comparação à alimentação da década de 1970. Assim, crescem as estatísticas de sobrepeso e obesidade, como também a preocupação com o emagrecimento.

A quantidade de gordura corporal é modificada, na maioria dos casos, pelo equilíbrio energético. O emagrecimento se dá em razão de um déficit calórico, para tanto devemos gastar mais energia do que consumimos através da dieta. Parece uma lógica simples e facilmente executável, mas tal balanceamento é resultado de uma complexa interação entre aspectos genéticos, culturais, econômicos e comportamentais.

Pensando em um dos lados dessa relação, o gasto calórico, está claro que uma forma direta de aumentá-lo é através da prática de exercícios físicos. Todo tipo de atividade, se bem estruturada, cumprirá este papel. Contud

o, 60% a 75% do que gastamos diariamente vem das nossas necessidades orgânicas básicas e essenciais (metabolismo basal). Estas dependem do peso, estatura, sexo, idade, além, é claro, do nível de atividade física. A maior parte do metabolismo basal é proveniente da massa livre de gordura, constituída principalmente pelos músculos.

A grande questão é que sob dietas com baixo aporte calórico há perda de massa magra e redução no metabolismo do indivíduo. Na prática, isso dificulta o controle de peso após o emagrecimento e favorece o indesejável “efeito sanfona”. Não podemos esquecer, também, que a diminuição da massa muscular não traz resultados estéticos interessantes.

Aí está a importância dos exercícios resistidos em um programa de emagrecimento, os quais promovem a conservação e o desenvolvimento dos músculos, assim como da taxa metabólica basal. A musculação contribui, ainda, além da demanda energética com sua prática, com um gasto calórico elevado que persiste após o exercício, durante a recuperação do organismo.