Hábitos alimentares

É muito comum a adesão de pessoas em programas de atividade física voltados ao emagrecimento que não dão a devida atenção à importância da dieta nesse processo. Por esta razão, não causa estranhamento o grande número de praticantes frustrados com seus resultados, mesmo quando os esforços são significativos e o treinamento é bem estruturado.

Como observado anteriormente, para que o organismo recorra aos estoques adicionais de nutrientes, sobretudo à gordura corporal, necessitamos de um gasto calórico maior em relação ao que consumimos através da alimentação durante o dia.

Tarefa difícil, uma vez que os hábitos alimentares atuais são marcados pela prevalência de alimentos com elevada densidade energética, ricos em gordura e/ou açúcar, geralmente na forma de refeições prontas e produtos industrializados.

Em vista disso, não faltam fórmulas e métodos inovadores, kits e pílulas emagrecedoras, bebidas e produtos de baixa caloria, além de inúmeras publicações sobre dietas de efeito imediato. Com pouco respaldo científico, se intensifica a indústria do emagrecimento, a qual promete resultados acelerados e contundentes, muitas vezes atingidos, mas que se prova ineficiente a médio e longo prazo.

Portanto, não basta uma simples redução de calorias na dieta, é preciso modificações comportamentais para interferir de maneira efetiva e permanente. A dieta tradicional, restritiva, em que há a perda de peso rápida, não favorece a aquisição de novas posturas. Todo programa que propõe a diminuição de gordura corporal, de forma segura e consistente, reúne um conjunto de orientações dietéticas para a mudança de tais hábitos.

Os nutricionistas são os profissionais capacitados para tanto, buscando estabelecer através da dieta o equilíbrio energético negativo de forma gradual e viável, com proporções de nutrientes adequadas e seleção coerente dos alimentos, corrigindo possíveis desequilíbrios nutricionais e atuando na promoção da reeducação alimentar.

*Por Valfrides Barão Júnior