Analisando a relação entre atividade física e emagrecimento, não podemos esquecer dos exercícios aeróbicos. Por definição, são aqueles que utilizam oxigênio na produção de energia para a atividade muscular, caracterizam-se por movimentos contínuos e cíclicos, com intensidade baixa ou moderada e duração prolongada. Andar, correr, pedalar e nadar são práticas predominantemente aeróbicas.
O metabolismo aeróbico usa, sobretudo, glicose (carboidrato) e ácidos graxos livres (gordura) como fontes de energia. A utilização da gordura durante a atividade física ocorre apenas em condições aeróbicas, contudo, ela sempre é “queimada” em conjunto com carboidratos.
Os fatores que determinam a contribuição relativa de cada nutriente dependem principalmente da intensidade e duração do trabalho físico. Quanto mais breve e intensa a atividade, maior é o recrutamento dos carboidratos, em condição oposta, se prolongada e sob uma intensidade menor, mais gordura será consumida.
O desafio é encontrar e manter as condições ideais nas atividades aeróbicas para a otimização do metabolismo da gordura. A literatura é vasta sobre este assunto, com indicações diversas, mas podemos definir três parâmetros: exercícios com duração entre 20 a 60 minutos; 3 a 5 sessões por semana; adoção da frequência cardíaca como forma de monitorar a intensidade, a fim de manter níveis coerentes de esforço, respeitar a aptidão física e planejar o treinamento.
Existem outros aspectos que atuam sobre esse objetivo, como o tipo de exercício, a composição da dieta e a condição física do praticante.
Há, ainda, uma corrente que propõe exercícios intensos de curta duração, intercalados com períodos de baixa intensidade, a qual se apoia no aumento da oxidação de gordura após o exercício, além do elevado gasto calórico gerado, quando em comparação com atividades de menor intensidade. Considerando as necessárias adequações na sua prescrição em vista do público alvo, é mais uma alternativa de treinamento para o emagrecimento.