Contração muscular

Foto: Pixabay

Na musculação ou outra modalidade de exercícios contra resistência, o tempo que executamos uma série pode ser mais importante que as repetições concretizadas. Muitos adeptos preocupam-se apenas em contar o número de vezes que reproduzem o movimento, sem qualquer atenção à velocidade com que desempenham isso.

Desconforto e dor fazem com que a maioria das pessoas realize a contração muscular de forma rápida. A execução técnica aligeirada também é frequente nos treinos que o praticante utiliza cargas elevadas e não reúne preparo físico para tanto.

A velocidade, nesses casos, é aplicada para facilitar o exercício e acabar logo com a tarefa. Entretanto, tal prática diminui o esforço dos músculos, produzindo menores efeitos ao corpo, e acentua o risco de prejuízos às estruturas musculoesqueléticas.

A velocidade de contração é um fator decisivo para respostas adaptativas, sobretudo à hipertrofia. Quando o músculo encurta (fase concêntrica) e alonga (fase excêntrica) de modo controlado, demandando mais tempo, há maior incidência de condições metabólicas e danos teciduais (microlesões) associados ao ganho de massa muscular.

Precisamos, então, determinar intencionalmente a velocidade dos movimentos! Um protocolo usual é de 1 a 2 segundos para contração concêntrica e 2 a 3 segundos para excêntrica, em cada repetição. Quanto menor a velocidade da fase excêntrica (não denegrindo demasiadamente a carga), mais significativo é o estímulo para o fortalecimento dos músculos.

A despeito disso, existem programas de treinamento em que a velocidade de contração é ampliada nos exercícios. A força explosiva prevalece na preparação de esportes que exigem velocidade de reação e movimentos rápidos.

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