Você se lembra do filme “Divertidamente”?
Lançado em 2015, ele ainda é um dos meus filmes de animação favoritos. O filme explorou de forma criativa as emoções humanas por meio dos personagens que
representam a Alegria, a Tristeza, o Medo, a Raiva e o Nojinho dentro da mente de uma menina chamada Riley. Foi uma história emocionalmente rica e visualmente deslumbrante que encantou muitas pessoas ao redor do mundo.
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Dizem por ai que em 2024/2025 vem uma sequencia, mas enquanto ela não chega, deixa eu relembrar com vocês algumas mensagens importantes.
Nós assistimos Riley experimentar toda a gama de emoções, com a raiva assumindo a liderança em grande parte do filme, suprimindo o Medo e a Tristeza. A Alegria tenta prevalecer, mas seus esforços são frustrados, e sua presença é muitas vezes superficial.
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Como profissional de saúde mental, achei que este filme retratava brilhantemente a importância de cada emoção e os esforços equivocados da Raiva para assumir o controle da situação. A tristeza finalmente transmite seu ponto de vista no final do filme, quando ela fornece informações sobre por que é importante refletir, por que a tristeza deve ser sentida e por que a alegria só pode se manifestar genuinamente quando outras emoções podem existir.
Muitas vezes pensamos nas outras emoções como inconvenientes, desnecessárias e indesejadas. Mas todos eles têm um propósito.
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A Tristeza desempenha um papel fundamental e não deve ser reprimida. Não estamos sugerindo que se deve abraçar uma tristeza prolongada ou à depressão, mas sim se permitir sentir tristeza em resposta a eventos adversos. Essa tristeza nos proporciona insights sobre nossos desejos e necessidades, nos permitindo reconhecer nossos sentimentos e até derramar lágrimas, parte fundamental do processo de cura. Embora não seja glamoroso nem divertido, o ato de chorar proporciona uma libertação que auxilia na recuperação do corpo e da mente diante da tristeza e da decepção.
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Aqui estão quatro dicas para permitir-se vivenciar a tristeza de maneira saudável:
- Mantenha um diário e escreva quando se sentir triste. Reflita sobre o motivo de sua tristeza e descreva seus sentimentos. Isso documenta que você se permitiu sentir tristeza, proporcionando a oportunidade de reflexão posterior.
- Se não gosta de escrever, crie uma lista de músicas que evocam a tristeza. A música pode ser uma ferramenta poderosa para a cura emocional.
- Dedique um tempo para refletir sobre as experiências que podem despertar a tristeza. Resista à tentação de se distrair e aceite todas as emoções, lembrando-se de que são temporárias.
- Se a tristeza persistir e se tornar esmagadora, considere conversar com um terapeuta. Isso proporcionará um espaço seguro para compartilhar seus sentimentos e compreender por que eles persistem.
- Encontre-se com pessoas que possam te ouvir e acolher você e sua tristeza, sem precisar fugir dela ou falar que esta tudo bem.
A sociedade muitas vezes nos diz para evitar a tristeza, associando-a à depressão, mas é importante lembrar que a tristeza é uma resposta natural à perda. Permitir-se sentir tristeza, paradoxalmente, pode levar à aceitação, resiliência e esperança para o futuro.
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