Quando contar que o Papai Noel não existe?

Aproxima-se novamente o Natal, data de confraternização, troca de presentes e encontros familiares. Época que encanta especialmente às crianças, que aguardam ansiosamente a visita do Papai Noel. Várias histórias explicam a origem do “bom velhinho”. A mais aceita a que o descreve como um bispo católico muito bondoso, chamado Nicolau, que viveu na no século V.

Cansado de ver o sofrimento de seu povo, especialmente das crianças, resolveu presentear a garotada com brinquedos e guloseimas, justamente na data em que os católicos comemoram o nascimento de Jesus. Assim aos poucos, nasceu a história do Papai Noel que logo foi se disseminando mundo afora.

Mesmo que não passe de uma lenda, simboliza a bondade, a generosidade e a renovação da vida. Atualmente, a figura do Papai Noel está presente na vida das crianças do mundo.

Como elas vivem em um mundo de fantasia até por volta dos cinco ou seis anos, as explicações fantasiosas que os pais lhes dão, são rapidamente aceitas, pois fazem todo sentido até essa idade.

Assim como acreditam no mundo encantado dos desenhos animados, das histórias e contos de fadas. Para elas a existência do Noel que traz presentes na noite de Natal, é perfeitamente plausível. E agradável.

Para entendermos como isso acontece na mente infantil é interessante lembrarmos que entre os dois anos e até mais ou menos os seis ou sete anos, as crianças vão conquistando, gradativamente, novas capacidades do pensar.

Experimentando o mundo real por meio da brincadeira e da imaginação, elas vão se apoderando de seu próprio pensamento. Somente depois dos 6 anos é que elas vão desenvolver gradativamente a capacidade de considerar com lógica se os fatos são verdadeiros ou fantasiosos.

Acreditar na figura do Papai Noel é quase que uma etapa saudável do desenvolvimento mental da criança, assim como também o é, crer em outras figuras que povoam os contos de fadas. As crianças depositam nelas toda sua fantasia, que deve ser desmistificada somente à medida que estiverem prontas para saber a verdade, demonstrando que desconfia de algo a respeito.

O ideal é comparar o Papai Noel aos heróis das historinhas, dos personagens dos contos de fadas, para que entendam que mesmo não sendo como os humanos, têm uma “vida” em nossa imaginação e coração para sempre.

Importante mesmo, é transmitir aos pequenos o verdadeiro significado do espírito de Natal, a partir do momento em que ela comece a entender o significado maior desta data: a confraternização entre as pessoas.

Logo, os pais podem e devem lhe oferecer a possibilidade de vivenciar na prática, valores, como solidariedade, companheirismo e doação. As crianças podem, por exemplo, ajudar a montar a árvore de Natal, enriquecendo-a com seus enfeites, desenhos e bilhetinhos feitos por elas para essa data, assim como ceder alguns brinquedos em bom estado com os quais não brinca mais, para crianças carentes. A época do Natal é uma ocasião de reflexão e crescimento para toda a família.