O sonho intangível

Numa das primeiras aulas do curso de turismo, nós, adolescentes convictos de nossa grandeza e vasto vocabulário – que ía desde o “tipo” até o “pouts” -, nos deparamos com uma palavra não tão habitual e de um significado primordial para a nossa profissão: INTANGÍVEL. Ou seja, aquilo que não pode ser tocado.

Pensando nisso, hoje, para mim, as melhores coisas da vida são intangíveis. Você já tocou no amor? Não o amor – pessoa com quem você vive -, mas o sentimento amor? Não, isso não é possível.

No entanto, o que garanto é que troco um sapato ou uma bolsa nova por um dia numa cidadezinha no interior do estado.

Adquirir experiências é também um bem, porém um bem que não desvaloriza e não sai de moda!

Minha sugestão para que você tenha um final de semana ‘intangível’ é a Lapa. Há poucos quilômetros da capital, a cidade tem muita história pra contar e diversos pontos turísticos que irão ajudá-lo a conhecê-la.

A Lapa tem muita história para contar. Foto: Prefeitura Municipal.

Comece pelo Monumento ao Tropeiro na entrada da cidade e reserve o resto da manhã para visitar o Centro Histórico. Lá estão atrativos como o Teatro São João, que recebeu a visita do Imperador Dom Pedro II, o Panteon dos Heroes, local que guarda restos mortais de pessoas que lutaram na Revolução Federalista de 1894 e a Casa Vermelha, que é um centro de artesanato e também abriga o acervo do Museu dos Tropeiros.

Almoce num restaurante de comida típica lapeana e tropeira como o Lipski ou O Casarão e, para fechar o passeio, a tarde visite o Parque Estadual do Monge, local onde viveu João Maria D’Agostinis. Na gruta em que ele ficava, por acreditar que o místico realizou milagres ali, as pessoas fazem pedidos.

Mas, não pare por ai! Sonhe com as próximas viagens. As minhas são: Um mochilão pela Patagônia (Argentina) e, quem sabe, uma lua de mel na Jamaica.

Por fim, lembrando um ditado hippie dos anos 60/70: “Faça amor, não faça guerra”. Eu adaptaria aqui para que fique perfeito: E de preferência faça amor na viagem!