Todas são vítimas de violência

Assistimos recentemente mais um caso de violência doméstica, desta vez contra uma das modelos mais famosas do Brasil, a Luiza Brunet. Ela foi espancada tão brutalmente pelo parceiro o que resultou em quatro costelas quebradas, além de um soco no rosto. Ela foi corajosa em tornar pública sua história, pois sabe da importância de denunciar o agressor e, principalmente, a importância de ser um exemplo para outras mulheres.

O que é importante aprendermos aqui, é que mulheres ricas e bem sucedidas também são agredidas com mais frequência que imaginamos. A violência não está apenas ligada às classes mais baixas e à periferia. Está em todo lugar. A grande diferença é que muitas mulheres, por dependerem financeiramente do seu agressor, ficam com medo de denunciar.

Saiba que de acordo com a lei Maria da Penha se o agressor é o provedor, ele tem a obrigação de continuar sustentando a família mesmo durante o processo da denúncia e divórcio, até definição das medidas pelo o juiz. Ou seja, você não ficará desassistida. E, se ao sair de casa não tem para onde ir, há também as casas de acolhimento. O importante é não deixar o agressor achar que você depende só dele e por isso ele tem o direito de te tratar como quiser.

Procure se informar e saber de seus direitos. Isso te dá o poder do conhecimento de que a lei está ao seu lado, não importa classe social e independência financeira. Denuncie, sempre! Quanto mais denunciarmos, mas acabamos com o tabu de que a vítima é culpada. Mais os agressores serão punidos e menos agredirão. Empodere-se da informação e use isso ao seu favor. Seja você moradora de comunidade ou de um prédio de luxo.

Denuncie 180

Saiba mais www.maismarias.com

*Susiane Brichta
é médica para saúde da mulher da ONG MaisMarias.