O Pequeno-grande dilema

Não é incomum os leitores desprezarem os livros de bolso – esses pequenos companheiros, tão fáceis de manusear e levar consigo no ônibus, no metrô e no avião. Muita gente vai reclamar da diagramação, do tamanho das letras e coisas do gênero. Porém, são poucos os que atentam aos quesitos mais importantes como: qualidade da obra/tradução e acuidade com revisão e conteúdo.

Mesmo com todo esse preconceito ainda é possível ver as editoras investindo pesado nas coleções de bolso. Publishers tradicionais como a Cosac Naify e a Companhia das Letras, ambas lembradas pelos grandes autores que publicam, o cuidado com o projeto gráfico das obras e também a qualidade das traduções, já aderiram à moda e também possuem os seus pequenos notáveis.

A primeira editora a explorar com gosto esse “nicho” foi a gaúcha L&PM, fundada em 1974 e que se transformou em referência no mercado. Apesar de a editora completar seu quadragésimo aniversário neste ano, somente em 1997 a L&PM lançou os primeiros pockets – uma contrapartida em relação aos tempos difíceis que mercado editorial passava naquela década. Pouco a pouco os gaúchos foram ganhando espaço, principalmente ao se posicionar em locais pouco convencionais para a venda de livros: supermercados, padarias, postos de combustíveis, etc.

Histórico

Geralmente, os livros só ganham sua versão “de bolso” quando a obra já “se pagou” em seu formato convencional. Essa é uma estratégia corriqueira no mercado norte-americano e inglês. Apesar do sucesso que o formato faz nos países anglofônicos, a primeira prensagem de um livro de bolso aconteceu na Alemanha, em 1931, com a editora Albatross Books. Na “terra da Rainha”, o paperback, como é chamado por lá, só chegaria em 1935, com a Penguin Books e nos EUA, com a Pocket Books, em 1939.

No final das contas, os livros de bolso são uma excelente opção tanto em preço quanto em praticidade. Em geral, o pocket custa um terço do valor cobrado pela edição convencional. Além disso, como já falei no começo do texto, são fáceis de carregar e ocupam menos espaço nas estantes (quem tem muitos livros em casa sabe o que isso significa).  

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