Vitória de conto de fadas

Em Belo Horizonte,  Atlético Mineiro 0x1 Atlético Paranaense.

Deus é a minha testemunha:  o Furacão ganhou a primeira no Brasileiro. E,  foi daquelas vitórias que parece ter saído de um conto de fadas, pois já estava no campo do inacreditável.

Tudo no Independência é quase inexplicável. Com onze,  parecia inevitável que o Atlético iria se submeter à pressão do Galo com Robinho e Rafael Moura.  Mas já indo para o final do tempo inicial,  a história do jogo começou a mudar:  Lucho González foi expulso.

Com dez,  e sem um meia que presumivelmente defendia,  o treinador Eduardo Baptista teve que mudar.  Trocou Rossetto por Daivid e Iago por Douglas Coutinho.

Entre as coisas mais belas do futebol,   está a contradição.  Pensando bem,  o futebol vive de contradições. Com dez,  sem Lucho González,  o Furacão jogou mais consciente,  porque com Deivid acertou a proteção à zaga,  e aí o time jogou para não perder e ganhar por uma bola,  sonho que o todo o time reduzido a dez sonha. O Galo deve o domínio,  um gol legitimo de Rafael Moura anulado,  e nada mais do que a pressão incentivada pelo próprio Atlético.

E,  aí,  veio o gol de almanaque de Sidcley. No último minuto,  Jonathan,  o melhor em campo,  bateu um lateral para Douglas Coutinho,  que de meia bicicleta forçou o zagueiro Alex a livrar-se da bola.  Ela caiu no campo vazio da defesa mineira para Sidcley,  que jogando como meia,  como nos seus tempos de guri,  foi à área e na saída de Vitor fez o gol.

Como dizem os comentaristas,  foi uma vitória com o dedo do técnico Eduardo Baptista.

No Couto

Há tempo,  o Coritiba não atraia tanto a opinião público,  como anda atraindo.  Imagine,  então,  a atração da sua torcida.  Então,  o jogo contra o Bahia,  hoje,  no Couto,  é daqueles em que as limitações tem que ser superadas pela obrigação de vencer.  Não obrigação de competição,  mas de respeito com o torcedor.   Se não ganhar,  de um time inferior,  não seria aquelas decepções que magoam o torcedor?

Pachequinho que comanda fora e Kleber que comanda dentro sabem disso.

Libertadores

O Atlético joga contra o Santos nas oitavas da Libertadores.

Desde que se arrume no meio,  com Carlos Alberto no lugar de Lucho,  tudo será possível.

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