Possível e provável

Bom era o campeonato em que existia o casuísmo do mata-mata. Nossos times alcançavam quase sempre a classificação e, então, tudo poderia acontecer. Então, aconteceram dois títulos brasileiros.

Perdemos o rumo. As chances de um acontecimento maior são remotas. São fantasias que disfarçam ilusões. Bem pensadas, inexistentes. Quando fica assim, o próximo jogo é o pão nosso de cada dia. O resto é projeto enganoso.

Por mais que evolua, nenhum dos três tem time para passar de um limite estreito. Embora esteja nesse estágio, o Coritiba já revela sinais de queda. Foi muito além do que pode. E só foi porque Bonamigo e Robson Gomes deram organização tática e fôlego para o time se manter na superação. Nem uma vitória sobre o Flamengo, o que é possível e provável, pode autorizar um projeto mais audacioso neste campeonato. Logo depois, vem um Fortaleza da vida, e subtrai pontos, em tese, obrigatoriamente ganhos.

O Paraná é o de proposta mais séria entre os nossos. Tinha um objetivo: não conviver com o fantasma do rebaixamento. Manteve a média. Quase nunca saiu do grupo dos dez primeiros. Está longe da glória e da desgraça. Não precisa mais. Se vencer o Santos hoje a tarde no Pinheirão, o que é possível, mas pouco provável, ganhará um fôlego para mais duas rodadas.

O Atlético precisou trazer Mário Sérgio para concluir que não tem time. Que fisicamente está frágil. Mais do que isso, concluir que a desgraça estava apontada para ele. Com Mário Sérgio, o futebol deixou de ser especulado no CT do Caju. Agora é pensado e levado a sério. Joga amanhã contra o Grêmio no Olímpico. O empate é um grande resultado. Para desgraça, existem, também, os adversários diretos. O Grêmio é o do Atlético. A vitória possível e desta vez sinto que é provável, seria a glória.