O Furacão presumido

Bruno Nazário e Marco Ruben foram as novidades do Athletico. Foto: André Rodrigues

Na Baixada, pelo Brasileiro, Athlético 1×1 Palmeiras.

Por ser feito de fatos, o futebol não admite hipóteses ou condições. Mas, por ter como premissa fatos, admite presunções. Entre tantas, escolho uma, com a qual os atleticanos e qualquer analista de bom senso, irão concordar.

Já com o goleiro Santos excluído por contusão, o Furacão, de início, deu descanso para Léo Cittadini e Thonny Anderson, ficando com Nazário e Marco Ruben. Embora a sua superioridade técnica repercutisse de imediato com o gol de Marcelo Cirino, já era possível sentir que o seu sistema de jogo seria fracionado. O time rubro-negro tinha a bola e tinha o campo, mas era raso quando precisava entrar na área. Oportunista, com Deyverson, em falha do goleiro Léo, o Palmeiras empatou.

E, aí, vem a presunção: depois, que Léo Cittadini e Thonny Anderson entraram, o Furacão foi profundo. Com o atrevido menino Pedrinho, melhor que Cirino, reduziu a quase nada o Palmeiras. É possível, afirmar, então, que se o time rubro-negro fosse inteiro desde o início, em especial, se tivesse Cittadini, a sua chance de ganhar estaria mais próximo da certeza.

Mas, pergunto-me: por inteiro, seria possível o Athletico jogar o que joga? Parecendo ser construído de pedra, com um catálogo de faltas ‘táticas’, obstruções e toda a espécie de maus-tratos, sem nenhum constrangimento, o time de Mano Menezes mostrou que veio tentar ganhar em uma bola lançada pelo acaso.

Como o Palmeiras não quis jogo, o Furacão não teve grandes destaques. Mas, o lateral Adriano, conseguiu ser o destaque.

Segundona

Não acredito em sorte ou azar no futebol. É que para tudo, por mais escondida que possa estar, há uma explicação. Bem por isso, não se pode dizer que o Coritiba só empatou o jogo com o Vila Nova (2×2), no último minuto, por sorte. Depois de estar perdendo por 2×0, empatou porque era impossível jogar no segundo tempo pior do que jogou na etapa inicial. Se jogasse o mínimo, não perderia.

E, assim, aos trancos, o Coxa vai se mantendo no G-4.

Contra o Operário terá que jogar um pouco.