Métodos

Fico sabendo que em razão da minha coluna de ontem, o Instituto Bonilha transferiu a reunião com os sócios, quando faria uma consulta sobre a finalização da Arena e outros assuntos de interesse da torcida. Explicou-me Rogério Bonilha, diretor presidente do instituto, que exerço influência na torcida atleticana, o que implicaria em prejuízo da pesquisa.

Não conheço técnica de pesquisa. Qualquer que seja não a contesto diante da notória autoridade que tem Bonilha sobre a matéria. O que eu não concordo é a pauta encomendada, pois acima ou no máximo em paralelo ao interesse do Atlético, está o interesse político da encomenda. Seria uma pesquisa legítima se já estivesse definido o processo político, principalmente depois do Atletiba, quando Mário Celso Petraglia afirmou que abriria o clube para aqueles que lhe causavam desconforto, não obstante terem concorrido diretamente para a sua popularidade.

Desde que a pesquisa seja fundamental, não vejo nenhum trauma para se criar uma metodologia diferente e definitiva. Basta ampliar a pauta de consultas, e investigar, além do que já estava programado, se os sócios querem ou não a unidade do clube. Se sugerir a união, através do pedido dos sócios, é uma influência negativa, então o campo está definitivamente minado.

A não-promoção da pesquisa em razão de que eu teria condicionado a opinião do sócio, já a compromete. E deixa uma dúvida: a pauta não seria dirigida no sentido de, também, condicionar o sócio? A razão da transferência da pesquisa permite presumir que o método que já havia sido adotado trouxe prejuízo à encomenda.

Sejamos objetivos e diretos: Mário Celso Petraglia que deixe o Atlético ser pacificado com a união de todos, com um Conselho Gestor de pessoas independentes, idealistas e realizadoras, com um Conselho Deliberativo que atue, fiscalize e incentive, ambos formados em razão do interesse do clube.

Chega dessas picuinhas. Coisas pequenas diante da grandiosidade do Atlético.