Memória

Uma das mágoas que Romário confessa carregar, é a de que 20 anos depois da conquista do tetra na Copa dos Estados Unidos, ainda obriga-se a sustentar que aquele Brasil foi brilhante. Daquela geração, só Romário e Taffarel destacam-se naturalmente nas lembranças. O restante obriga um reforço de memória.

Mas ao mesmo tempo, com um fundo contraditório, a história do futebol provoca curiosidade nas gerações que se seguiram a 1982, para responder por que o Brasil de Zico está entre as melhores de todos os tempos, sem ganhar o título?

O brilhantismo das conquistas na Suécia (58), Chile (62) e México (70) criou a cultura, que em se tratando de Seleção Brasileira não basta ganhar. A cultura brasileira encravou um realismo, de que a vitória tem que ser apenas uma consequência de um futebol de conto de fadas, em o jogo e os jogadores são tão brilhantes pregam na memória durante muitas gerações.

Felipão anda revelando desconforto com o que está vendo do seu time. Faz careta, põe a língua de fora e briga com a arbitragem. Ficará, ainda, mais incomodado se o Brasil continuar na Copa do Mundo, se o Brasil continuar seguindo em frente com fatos eventuais. Depender só de um jogador e das dúvidas que a arbitragem decide sempre a favor de um time, não torna a história uma lenda.

Demissão

O Atlético demitiu Petkovic do comando da sua base. Mandou embora o sérvio da mesma forma como contratou: sem dizer a razão. E assim termina mais uma aventura da forma especulativa que o futebol do Furacão é comandado. Petkovic sequer deveria ser contratado para gerenciar o setor, que por falta de investimento em grandes jogadores, tornou-se o mais importante do clube, que é a base.