Limite

Corinthians 2 x 1 Atlético 1, em São Paulo.

Não há derrota injusta. Há simplesmente derrota. É que o resultado de um jogo não é obra do acaso ou, como sugeriu Einstein, “Deus não joga dados”.

Para quem virou o jogo entregue aos seus próprios erros, e perdendo por 2 x 0, o Atlético fez um segundo tempo brilhante em São Paulo. Envolvendo o Corinthians, criou uma chance que Marcinho jogou na trave e outra que Nieto criou a dúvida se a bola entrou ou não.

Mas não há nenhum argumento mais forte para declarar justa a derrota do que os quatro minutos iniciais do jogo: os piores do Furacão neste campeonato.

O Corinthians fez 2 x 0 com Paulinho e Emerson, e a cada cinco minutos criava uma chance para fazer o terceiro e partir para a goleada. E não foi por suas virtudes – poucas, aliás -, mas pelo fato criado pelo time rubro-negro. Inexplicavelmente desconcentrado, parecia imobilizado diante do ambiente de pressão no Pacaembu. O time de Lopes simplesmente não entrara no jogo que o Corinthians já começara. Quando entrou, no segundo tempo, já era tarde. O fato para derrota já era irreversível.

Mas a essa altura do campeonato, os resultados do Atlético estão obrigatoriamente associados aos dos seus concorrentes para a fuga do rebaixamento. Como o Ceará perdeu em casa, e tem a disputa direta com o Cruzeiro, o Atlético continua dependendo apenas de si. Então, a derrota no Pacaembu, fica embutida no preço.

Só que agora, chegou no limite.