Lembranças

Os coxas estão em festa. É que há trinta anos, em 1985, ganharam o único título brasileiro. Com os atleticanos também é assim: sempre no mês de dezembro, desde o de 2001, festejam o único o título brasileiro. Quando lembranças ficam remotas, isolam-se, quase perdidas, na história. E quando isso acontece o fato produtor não é dissociado da ocasião, retornando, portanto, alienado.

Há, ainda, quem brinque com os sentimentos dos coxas, ao lembrar que o título foi conquistado contra o Bangu, ignorando que para chegar ao Maracanã, teve que passar pelo poderoso Galo, no Mineirão. Seria a mesma coisa que agredir a conquista do Furacão por ter decidido com o São Caetano. A final com o São Caetano foi apenas o corolário de uma produção bela contra São Paulo e Fluminense.

Mas por mais que sejam remotas, e por mais que se isolem como fatos na história, não deixam de ser lembranças, embora, às vezes tenham gosto de ilusão.

Volta

Os atleticanos querem saber: como anda o Atlético?

Lembrei-me do saudoso Anibal Khoury, quando presidente do Furacão. Repórter de rádio, perguntei-lhe: como está o Atlético, presidente? Meu caro, respondeu Anibal, o Atlético é uma força em marcha, só não sei se para frente ou para trás.

Duas boas notícias: a contratação do show de Rod Stewart e a saída de Natanael. Se fosse me dado o direito de escolher alguns cantores para ver antes de morrer, um deles seria Rod Stewart. Quanto à saída do lateral Natanael, é possível afirmar que vai aumentar o tempo de vida de todos os atleticanos. Havia um risco em potência de arrumar alguns problemas de coração por não saber jogar e pensar ao mesmo tempo.

Reação

Com Fernando Diniz no comando, o Paraná está reagindo. Mas esse fato não absolve os erros do diretor Vavá. Condena, ainda, mais, a sua mania querer contratar técnico que seja acessível aos seus palpites. O mesmo fato que tranquiliza a torcida, que é a chegada de Fernando Diniz, serve para lhe provocar mágoa, pois não precisava correr o risco que correu.