Identidade oculta

Por conhecer a graduação de Mário Celso Petraglia em manipular as pessoas, transformando-as em um instrumentos para atender interesses, já é possível perguntar: quais são os interesses que atende?

A intensidade do desprezo por uma decisão com o Coritiba, a absorção apressada de fracassos como a derrota para o San Lorenzo, como se fosse da natureza de um grande clube como o Atlético, as frases genéricas de conteúdo populista, afastando-se do enfrentamento de casos específicos, a submissão a um estado ilusório da torcida fazendo-a acreditar no trabalho de transição de jovens, sem ter um único de qualidade, na pior geração de base que se criou na história do CT do Caju, tudo isso, provoca uma desconfiança: Autuori parece ser a identidade oculta de Petraglia, que os dicionários objetivamente definem como “o outro eu”.

Se eu estiver enganado, a conclusão é mais grave: Autuori é um péssimo treinador. Querendo implantar o modernismo em que o seu patrão sonha o futebol, viciou o time em jogar espalhado em campo para aumentar o espaço e provocar um efeito visual na troca de bolas. E, por isso, esquece de fazer a bola chegar na área, obrigando os torcedores a rezarem por uma bola parada, ou por um contra-ataque. Jogando mal, eliminou o Londrina nos pênaltis; jogando mal, eliminou o Paraná com o benefício do pênalti não marcado na Vila; jogando “apenas com o físico” (palavras do professor), foi surrado (3×0), pelos coxas e pelos argentinos.

Se eu estiver enganado, os atleticanos que me censurem: um time bem ordenado, vestindo a camisa do Atlético, protegido pela lealdade 25 mil atleticanos, com o peso simbólico da Baixada, e na grama sintética, perderia duas vezes em quatro dias por três a zero?

Se eu estiver enganado, o doutor Petraglia que exija uma vitória no Atletiba do Couto Pereira. Sei que o sentimento da torcida não rende muitas ilusões de título. Mas, às vezes, o orgulho é um belo e inestimável conforto.

Convite

Como o mundo é pequeno.

O governador Beto Richa convidou para a presidência da Fomento Paraná o advogado Vilson Ribeiro de Andrade, ex-presidente do Coritiba. O doutor Vilson irá aceitar.

Até o convite e o possível aceite não há nada de mais. Uma pessoa séria para tentar da ordem na desarrumação da empresa.

A grande curiosidade é saber como o doutor Vilson irá tratar da dívida do Atlético contraída para a construção da Baixada, e que tem como garantia todo o patrimônio do clube.