Furacão: 4×1, assim, fácil

Bruno Guimarães e Léo Pereira tiveram boa atuação contra o Goiás. Foto: Albari Rosa

É previsível, como é lógico, que o Athlético, às vezes, pareça entrar em vertigem. Não se pode negar que a conquista da Copa do Brasil diminuiu o seu espírito de competição no Brasileiro. O espírito de competição, aí, não está empregado no sentido de ter perdido o ânimo de jogar, mas no sentido de renunciar aos cuidados técnicos e táticos que uma disputa normal exige.

Veja só, esse jogo na Baixada contra o Goiás.

Se o Furacão tivesse a classificação no Brasileiro como imposição vencer, não seria tão folgado como foi no primeiro tempo. Não perderia tantos gols como perdeu, e teria o mínimo de cuidado para evitar as surpresas de contra-ataques do jovem Michael e o velho Rafael Moura.

Mas, entrou para jogar como se não tivesse maiores obrigações com a vitória.

A partir de Bruno Guimarães, parecia mais preocupado em dar efeitos especiais ao seu jogo. Indiferente aos gols perdidos, era descuidado atrás. Bem por isso, foi para o intervalo perdendo com um gol de Rafael Moura.

Mas o Furacão tem o comando de Tiago Nunes e os 15 minutos de intervalo lhe bastam para indicar um outro rumo ao time. Em especial, ensinar que a moderação, às vezes, tem traços de soberba ou indiferença. E que não precisa imolar-se para ganhar um jogo, bastando ser o time que é. Não precisa defender uma posição, mas defender o estilo e a obrigação de que um campeão sempre carrega.

Não precisando jogar bem, porque jogava, o Rubro-Negro precisava apenas adotar uma ordem com mais cautela. Resultado: cheio de combustão, os dez minutos iniciais do segundo tempo devolveram ao Furacão aquele futebol que o Brasil gosta de ver. Com todos os setores equilibrados, jogando como se o amanhã fosse o minuto seguinte, amassou o bom time do Goiás. Com gols de Léo Pereira, Rony, Adriano e, no final, o desencanto de Marco Ruben fez 4×1. Fácil, assim.

Bruno Guimarães, simplesmente, um “monstro”

Essa coluna é uma homenagem ao massagista Bolinha, do Athlético, que está fazendo 60 anos de vida e 40 anos de profissão. É tão exemplar, que é o único que resiste às mutações que o CT do Caju tem desde 1996.