Êxtase e impulsos

A maioria dos impulsos, controlados ou não, de Mário Celso Petraglia já fizeram bem ao Athletico. Agora, começam a tender para o mal. Nem entro mais na elitização do clube materializada pelo um regime de usura do valor da mensalidade da associação. Nem da camisa cuja estampa envergonha todos os atleticanos – até o próprio Petraglia, que às vezes não nega o seu arrependimento de ter concordado em expor o atual design.

A questão que agora definitivamente se torna um problema já é antiga. Com o passar do tempo, a resignação dos atleticanos de classes sociais médias e superiores, protegeu as investidas daquele que está de posse do clube, contra as classes sociais menos privilegiadas.

A torcida que ainda consegue ir à Baixada passou a ser o que o grande Veríssimo escreveu em 2001, uma “torcida de nórdicos”. Bem por isso, o princípio de Petraglia de que “futebol não é para pobre” ganhou o caráter absoluto quando se trata do Furacão.

Por ver os seus interesses contrariados pela organizada “Os Fanáticos”, Petraglia mandou taxar em 250 reais a mensalidade dos associados da Buenos Aires. Só que, agora, o que era um impulso tornou-se um descontrole que beira o estágio da irracionalidade. Se Petraglia não rever o erro, um agente público terá que intervir. Há violação do contrato do direito de uso e há violação contra o direito do consumidor. Petraglia começa a provocar outro tipo de preocupação.

De primeira

A transigência da Federação Paranaense de Futebol com a transmissão de alguns jogos pelo Live FC resolveu a reeleição de Hélio Cury para a presidência da entidade. Cury, quem diria, com humildade e até com um comportamento fino, foi à Baixada e fez o que o comando dos clubes sugeriu. E de quem é a propriedade do Live FC?