Euforia

Certa vez escreveu Nelson Rodrigues que quando se quer conhecer um povo, basta examiná-lo na vitória e na derrota. Hoje, 19h30, o Atlético joga no Janguitão contra o Maringá e não há mais ingressos. Se o jogo fosse na Baixada era para público de 15 mil torcedores. A impressão é a que o Furacão tenha nascido um dia desses. Há uma explicação para esse estado: quando ficamos carentes de uma alguma coisa, a simples perspectiva de ganhá-la já nos enche de uma euforia de criança. Os atleticanos estão tão carentes de títulos, ou no mínimo da perspectiva concreta de ganhá-los, que bastaram duas vitórias lógicas contra Fluminense e Operário para serem envolvidos por esse sentimento.

E, ainda, Walter e Nikão não estão jogando.

Os coxas teriam motivos para igual euforia. Empataram com o Inter, em Porto Alegre, e golearam o Cascavel (4×0). Mas a sua torcida sofreu tanto o ano passado, que vê tudo com reservas. Hoje em Foz, o Coritiba precisa mostrar evolução tática para informar, em definitivo, o que pretende seu inseguro treinador Gilson Kleina. A verdade é que com Kleina em 40 dias, o Coritiba, ainda, não jogou havia jogado com o comando de Pachequinho em 15 dias.

Providências

Para pensar em buscar uma solução para sua vida jurídica, Neymar teria que tomar uma providência: seu pai terá que se afastar da linha de frente de defesa junto a opinião pública. Ao ser defendido por quem necessariamente por ser pai e empresário, confunde razões com interesses, vai perdendo a condição de vítima do sistema. Como não há no âmbito jurídico dissociar as figuras do jogador/filho e do empresário/pai, toda vez que esse vem a público compromete, ainda, mais o craque.

A entrevista de Neymar pai para o Fantástico ao invés de trabalhar como defesa do jogador comprometeu-o, ainda mais.

De primeira

Qual a razão de tanta demora para formalizar a transferência de Walter, do Porto para o Atlético? A explicação de que é uma transferência internacional não pode ser aceita, pois hoje pelo sistema da FIFA é imediata.