Opinião

Bambu e as noites de Nice

Foto: Albari Rosa/Foto Digital/Tribuna do Paraná

Os interesses que circulam no mercado de futebol provocam fatos inesperados, mas, não deixam de ser fatos extraordinários. As restrições financeiras no mercado provocados pela peste, não impediram que o Nice confirmasse o negócio de janeiro para ter Robson Bambu, zagueiro do Athletico, por 8 milhões de euros.

O que provoca curiosidade é Robson Bambu morando na Côte d’Azur. Em Nice, com um pulinho só, estará em Monaco. Com dois pulinhos, em Cannes. Perdido, vai acabar em ST.Tropez. 

Sair da fria noite curitibana e ir para a noite da Riviera francesa, é pedir para “morrer”. Desculpe, para viver. Em Nice, é impossível ficar em casa.

Sério e grave

O Paraná, sem nenhuma motivação própria, simplesmente, afirma que é contra a volta dos jogos de futebol.  

A questão não é ser a favor ou contra. Ao contrário, pode-se até não concordar, mas deve se respeitar qualquer posição, em razão dos intensos riscos em qualquer atividade. 

O caso do Paraná é de oportunismo. Não quer o retorno dos jogos, porque não tem como sensibilizar os seus jogadores a aceitarem o retorno face aos salários atrasados desde fevereiro. Ao invés de andar na esteira do populismo, o Paraná deveria assumir o seu problema. 

A solução teria que passar necessariamente pela Federação Paranaense de Futebol. Sem condições financeiras para retornar, o Paraná tem o direito de exigir que a entidade, que quer o retorno do Estadual, o auxilie financeiramente. Na mesma situação, está o Rio Branco. 

Exemplo Jordan

Uma das faces mostrada por Michael Jordan no documentário “Arremesso Final” é a da agressividade com os seus companheiros do Chicago Bulls. Sob o pretexto de que “ganhar tem um preço”, ofendia-os e até ameaçava-os com agressão. 

Na época, no Bulls, não existia limite para a razão. A diferença entre Jordan e o outros era tão grande, que esses se submetiam ao gênio.

Pergunto: a agressividade de Jordan com os companheiros, teria vida longa no futebol? O único caso similar no futebol foi o de Di Stefano, no Real Madrid.

Em sua biografia, Puskas, que era Puskas, confessa que no momento de marcar um jogo, via se Di Stefano estava ao seu lado. Se estava, servia-o.