A derrota procurada

Foto: Jales Valquer/Estadão Conteúdo

Na Allianz Arena, Palmeiras 1×0 Athletico.

Já sem Renan Lodi, o seu melhor jogador, o Atlético dispensou Lucho González, o gestor do meio-campo, e Marco Ruben, o artilheiro, para jogar contra o Palmeiras, em São Paulo.

Escalando o medíocre Léo Citadini, o duvidoso Thonny Anderson e os já cansados Paulo André e Marcio Azevedo, metabolizou a derrota, transformando-a em um projeto voluntário. Uma vitória estaria na conta do inesperado.

Mas, quando viu, o inesperado chegou de outra forma: fazendo um jogo de iguais com o poderoso Palmeiras, o Furacão baseado em sua excepcional organização tática, foi quem criava as melhores chances. Explica-se, assim, a razão de ter sido do time de Tiago Nunes os melhores momentos da etapa inicial.

Mas, quando um time é sustentado pelo esquema, alcança o seu limite bem cedo. Quando voltou para a etapa final, o Furacão por iniciativa dos jogadores, recuou. E, depois, enquanto Felipão mudava o Palmeiras com Raphael Veiga e Moisés, Tiago Nunes recorria a Bruno Nazário e Marcelo Cirino.

Coitado de Nikão, deu pena. Defendeu, marcou, lançou, chutou a gol, fez das tripas coração para dar reduzir a supremacia do Palmeiras, mas não conseguiu. Depois que Léo Pereira saiu, o Furacão ficou reduzido a Santos, Bruno Guimarães e Nikão. Era muito pouco para esse Palmeiras cheio de peso físico e técnico.

Sofrer o gol do time de Felipão era só questão de tempo.

E ainda assim só aconteceu pela falta de qualidade de Marcio Azevedo, que sem noção de tempo e de espaço, cometeu o pênalti que Raphael Veiga transformou no gol da vitória.

Pois quem se prepara para perder, perde.       

Derrota do “cincão”

No Couto Pereira, 37 mil pessoas pagando “cincão” viram Coritiba 2×3 Paraná.

Foi um jogo de segunda divisão, mas pareciam dois times de elite. E o Paraná, abandonando o jeito de “patinho feio”, massacrou os coxas. O massacre, no futebol, não se limita aos números do placar. No caso, esteve no jogo em si.

O time de Matheus Costa foi excelente por inteiro. Nem quando perdia por 1×0, tampouco quando perdia de 2×1, foi inferior. Era certo que se mantivesse o jogo que fazia, o Tricolor iria empatar como empatou, com o golaço de Luiz Otavio, e mantendo esse jogo, poderia ganhar, como ganhou com o gol de cabeça de Jenison.

O Coritiba despencou na tabela.

Corre o risco de sair para as férias de junho, atrás do Tricolor, que nós cotamos como candidato à Terceirona.

Desconfio que o treinador Umberto Louzer não voltará das férias.

E nem deve.

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