Vôlei tem taxa alta de entorse de tornozelo

Uma pesquisa da Faculdade de Medicina da USP mostra que jogadores de voleibol apresentam taxa significativa de entorse de tornozelo e que alguns métodos preventivos para este problema em atletas ainda são negligenciados.

João Gilberto Carazzato e Carlos Rodrigo do Nascimento Fortes, respectivamente professor doutor e mestre em ciências na ortopedia e traumatologia publicaram um artigo na última edição da Acta Ortopédica Brasileira, em que analisaram 114 atletas analisados, todos do sexo masculino. Destes, 93 haviam sofrido entorse no tornozelo, sendo que em 51 casos eram recidiva.

No questionário aplicado aos jogadores constavam, entre outros, para serem respondidos os quesitos, como posição de atuação em quadra, utilização de órtese protetora na articulação do tornozelo, fase da competição em que ocorreu a última lesão, fundamento do voleibol realizado no momento da última lesão, causa da última entorse quanto à participação de um segundo atleta ou não e utilização de órtese protetora após a lesão.

Os resultados obtidos pelos pesquisadores mostram que a posição de “ponteiro” foi a mais lesionada durante o ataque, e a posição “oposto” durante o bloqueio. Além disso, a maioria das entorses ocorreu durante os treinamentos. Além disso, foi encontrada certa prevalência com maior número de entorses no atl

eta da posição oposto. Em relação à causa do trauma, com a participação de um segundo atleta, pisando sobre o pé do adversário, as lesões que mais ocorreram se deram no fundamento do bloqueio e no mecanismo de “inversão”.

Por fim, o uso de mecanismos protetores de tornozelo são insuficientes: segundo os autores, menos da metade usava prótese de tornozelo antes de ter a lesão e, após a lesão, o percentual não atingiu 70%.